quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A MAGIA DA VIDA

Quero apenas a compreensão numa era em que as incompreensões estão à flor da pele.  Nada além da simplicidade momentânea. Nada além das belezas naturais. Nada além do teu belo olhar. Nada além do que o simples e intenso viver.

Apenas o momento improvisado para que tudo seja do jeito que idealizei. Nada de pressa, tudo no tempo que necessito.

Quero capturar a vida como capturo as essências dela, sem medo de que algo interfira.

O que poderia interferir nas minhas vontades? Só uma coisa interferiria, a desistência de viver. Desistir de viver? Jamais. Viver é mágico. Viver dói, dói de tanta felicidade.

Nem a morte interferiria na minha vontade de viver. Ela é apenas uma passagem rápida desta para outra vida. Viver a vida é o mesmo que estar num desenrolar de vários nós. A vida é assim, um mistério em pessoa.

Rita Padoin

domingo, 22 de dezembro de 2013

IMPUREZAS

A partir do momento em que me vi livre de quaisquer impurezas, libertei-me de todas as incertezas e amarras. Foi no dia em que o sol explodiu em luz e que acordei para o mundo verdadeiro.

A vida senta para fazer o seu diálogo e eu argumento todas as minhas dúvidas e inseguranças. Assim, juntas, montamos nosso cronograma de grandes realizações interiores e buscamos nossos sonhos realizáveis nas encostas do querer.

Sei que nestas andanças encontramos outros obstáculos que não estavam no nosso planejamento, mas, mesmo assim, ultrapassamos com a sabedoria do nosso entender.

Assim, cada passo um novo começo. Cada dia uma nova busca. Cada instante um recomeço com grandes realizações e expectativas.

Rita Padoin

https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

A POESIA


sábado, 21 de dezembro de 2013

AO REVELAR-TE.

Ao revelar-te, entregaste a chave que abre as amarras do teu destino. O que na verdade tem de concreto na aparência pode não ter de concreto no interno.
            
Ao revelar-te, deixaste claro que a nossa trilha estava traçada e que nada e ninguém poderá deter.
            
Ao revelar-te, deixaste para trás quaisquer dúvidas. Quaisquer resquícios que possam interromper os planos que foram feitos em uma determinada data.
            
Ao revelar-te, trouxeste todos os sonhos imaginários para fora da tua redoma e derramaste sobre o tapete vermelho.
            
Ao revelar-te, soltaste as algemas do teu passado e deixaste soltos todos os pássaros raros que estavam por alguma razão presos na ilusão.
            
Ao revelar-te me deste a chance de poder voar também e soltar as amarras que estavam por alguma razão presas ao passado.
            
Tua imaginação está muito aquém do real e muito além do irreal. O que está dentro do invisível só poderá ser identificado pelo modo como é visto profundamente.
            
Assim, voaremos juntos no aquém e além-fronteiras.

  
Rita Padoin

ACEITAI COM SABEDORIA


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A MAGIA DA VIDA

O que esperamos nem sempre corresponde ao que idealizamos. A noite não dorme e fica de guardiã das nossas necessidades. Ela observa atentamente todos os nossos movimentos, as nossas idealizações e os nossos sonhos... 

Esperamos da vida e a vida espera de nós. Esperamos do mundo e o mundo não para, ele anda rápido sem a noção do tempo. Olhamos para o mundo e nada entendemos, não estamos preparados para este corre-corre. 

Quando descobrirmos que todos os segredos que estavam guardados dentro do secreto mundo subterrâneo foram revelados, entenderemos muitas coisas. Entenderemos que tudo é diferente daquilo que sonhamos. Entenderemos que a vida é feita de momentos. 

Entenderemos que as pessoas não serão como esperávamos. Entenderemos que o que é sentimento para nós pode não ser para as outras pessoas... 

Assim é a vida, inexplicavelmente mágica e com seus segredos mais ocultos expostos para desvendarmos...
Rita Padoin



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SINAIS DO TEMPO

Busquei no vento uma razão para entender o que tentas me dizer. O vento me disse que para estar em consonância com a magnitude da vida é preciso estar em uma constante e lógica busca.

Disse-me também que cada passo será um novo caminho e o que ficou para trás se perdeu no tempo. Que as verdadeiras buscas sempre têm dentro dela um coração que bate atentamente. Que cada batida é um sinal a ser observado com atenção.

Disse-me que o escudo protetor da vida muitas vezes quebra e que para soldá-lo leva tempo, dependendo do olhar interno.

Disse-me que estar perdido às vezes não é ruim. Que estar perdido é o que estávamos aguardando para procurar o que foi deixado no esquecimento e que precisa ser encontrado.

Disse-me que cada sinal é um novo e inesperado começo, que se deixarmos passar despercebido não viveremos aquele intervalo.

Cada vez que me diz algo, ouço atentamente para não me perder nos atalhos que encontro no caminho. Cada atalho tem uma direção certa, apenas vai de como ele é visto.

Disse-me que o mundo é uma grande massa viva se transformando constantemente. Se não andarmos de mãos dadas juntamente com esta grande massa transformadora; ficaremos presos dentro de um grande presídio chamado “EU”.


Que estejamos atentos a esta grande liberdade que vive dentro de nós.
Rita Padoin

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

TEMPO

O vento avisou-me que sua chegada seria tão breve quanto à rajada do vento nordeste quando avisa que talvez haja mudanças drásticas de tempo.

Acordei de um sonho com a sensação de que as mudanças estavam por acontecer. O sonho foi tão nítido e real que vivi dentro dele todos os meus sonhos de menina. Senti o aroma e os movimentos como se minha vida estivesse toda ali naquele momento.

Como se em fração de segundos tudo acontecesse, mostrando-me o que eu havia esquecido. Vi de todos os ângulos a vida em dimensões inalcançáveis. Subi cada degrau desta jornada e deixei lá trás meus medos e as minhas indecisões.

Ficou tudo tão distante, que para alcançar novamente eu teria que voltar em outros tempos. Foi uma jornada demorada aos olhos de quem via apenas o tempo. Hoje vejo que o tempo foi curto.


O que é o tempo diante do que é vivido? O que é o tempo? O tempo sou eu. Eu faço do tempo o meu tempo e decido com ele o que quero viver.
Rita Padoin

O OBSTÁCULO


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

TALVEZ

Quando nada tens a dizer, quando apenas o som sonoro do teu íntimo emite um quase nada, é o tempo se esgotando e se despedindo.

Talvez nada tenha tido importância. Talvez tudo tenha sido apenas imaginação ou fantasia que veio nas asas do tempo. Talvez o que o tempo reservou não era para ser assim. Talvez todos os “talvez” sejam apenas uma forma de esconder os segredos.

Como entender se a vida é tão complexa? Como entender se o caminho que percorremos sempre fica uma interrogação?


O que vem, sempre vem com a data de validade. Portanto, nada é para sempre. 
Tudo é passageiro.

Rita Padoin

O PENSAMENTO


domingo, 8 de dezembro de 2013

SURPRESA INESPERADA

Percebeu o quanto a vida impulsiona para que o encontro seja sempre perpetuado? Eles são inesperados e em solenes púrpuras vêm celebrar. Este momento pareceu-me ter sido apenas um reencontro com gosto de improviso.

O prazer foi todo meu. Não precisa ser tão formal. Não marcamos, a vida se encarregou do encontro.

As paredes antigas e aqueles móveis que nem me lembro de um dia ter passado por ali, ficaram na lembrança. Foi um prazer conhecê-lo. Nossos elos perdidos acabaram de se fazer as honras.

Que bom que o momento foi prazeroso. Percebi que também ficaste surpreso com a situação. Apesar de sermos como o vento, livres e sem uma direção certa; muitas vezes queremos o paradeiro de uma linda história inacabada.

São nossas inverdades diante da verdade que o tempo deixou. Apenas queremos momentos que não interrompam nossa liberdade. Assim somos nós, ventos leves às vezes, furacões por outras. Por isso combinamos.


Nada impedirá de sermos o que momento reservou. Sempre uma surpresa.  

Rita Padoin

sábado, 7 de dezembro de 2013

ALMA


MEU CORAÇÃO POÉTICO

Talvez o que vês não é o que exatamente é. O que imaginas, pensas, crês ou até mesmo tentas identificar e decifrar estão apenas no superficial.

O que na verdade tem no profundo estado de dormência é o que não consegues enxergar.

Às vezes os olhos alheios correspondem às poucas necessidades dos olhos verdadeiros.

A alma fala através do pensamento e o pensamento tenta emitir sinais que correspondem com o estado de plenitude momentânea.

Como eu queria que entendesses o que está guardado no baú a sete chaves. Como eu queria que todas as dúvidas quanto ao sentimento oculto fosse revelado através dos segredos intuitivos.


Meu coração poético está adormecido. Ele deitou-se levemente e continua em sono profundo no seu mais intenso sonho e fantasia.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

AGORA ENTENDI

Agora eu entendi o que a vida estava tentando me dizer. Agora, apenas agora, vi o que estava oculto atrás das cortinas invisíveis da vida.

Só agora percebi que o obscuro medo da insegurança era apenas mais uma das imperceptíveis loucuras momentâneas.

O tempo determina as horas e os minutos que passarão por nós despercebidos. Sempre haverá o tempo certo de entender o que está acontecendo.

Só agora percebi os sinais da vida. Cada som, cada folha caindo, cada criança sorrindo, cada rajada de vento.

São sinais que nos alertam que o momento vivido é sempre uma surpresa. Que se prestarmos atenção nos seus sinais, saberemos como agir no momento certo.

Só agora entendi que viver é um momento de intensa sabedoria e quem conhece a verdadeira felicidade, jamais aceitará que a tristeza se aloje dentro de si.

Rita Padoin

SÓ ENTENDERÁ...


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Reflexo da Vida

O que importa o que sou? Importa quem eu sou imaterialmente. O que fiz, faço e o que ainda posso fazer para com as pessoas. É o que mais faz sentido hoje. O que importa é como eu trato as pessoas e como convivo com quem amo.

Sou uma lutadora pelo bem estar das pessoas. Sempre quis ser alguém que luta pelas pessoas. Gosto de vê-las felizes. É como um espelho que reflete, um vai e vem. Se elas estão felizes também estou. É o meu ideal de vida. Batalhar para as coisas darem certo, para as pessoas terem o direito a algo que já pertencem a elas.

Lutei contra muitos. Magoei-me muitas vezes, chorei até secar todas as lágrimas que tinham dentro de mim. Nadei contra a maré muitas vezes sem me cansar e nunca desisti de lutar. Nunca. Sempre me defrontei com muitos obstáculos, mesmo assim venci todos.

Conquistei muitas coisas e outras ficaram para trás por motivos que não consigo descrever aqui. Talvez até consiga descrever, mas, tem coisas que o melhor é deixar no esquecimento.

Terminei sendo alguém que por ações pouco consegui avançar, mas, que profundamente procura expor o que sente através das palavras.
As palavras escritas e publicadas jamais serão destruídas ou mesmo vencidas. Elas serão imortais e exprimem sentimentos que brotam das profundezas ocultas do nosso íntimo.

Rita Padoin

O SORRISO


domingo, 1 de dezembro de 2013

Idealizei

O véu que cobre toda a passagem do caminho que me leva a um lugar chamado futuro, está inteiramente intacto. Quando percebi que nada daquilo que idealizei foi colocado em prática, emudeci.

Como idealizei nossos momentos, vi a vida sorrindo para nós em vários ângulos. Nossos caminhos percorrem uma imensidão sem fim. É um caminho perfeitamente calculado em várias dimensões. Estão harmoniosos e floridos nos esperando.

Vê aquele arbusto como está verde e florido. Os bancos perto dele servem para eu refletir sobre a vida. Eu reflito sobre a vida sempre, questiono-a de várias maneiras. Talvez ela até me ache um pouco chata. Mas, sou assim curiosa, chata, extremamente organizada.

Detesto-me muitas vezes e brigo comigo porque não me suporto. Principalmente quando não estou com um humor bom. Quantas vezes lutei comigo mesma e perdi a batalha. Então, se eu não me suporto muitas vezes, imaginem a vida.

Rita Padoin

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A LIBERDADE SOBREVOA


SOMOS

Somos a soma de todas as nossas vontades e das nossas atitudes. Somos o que a vida nos deu numa bandeja e o que temos dentro de nós. Somos um pouco de tudo e ainda assim falta tempo para reciclar o que mais queremos. Somos uma mistura de inspiração e emoção. 

Somos uma vida dentro de outra vida querendo despertar para ir de encontro ao planejado e idealizado.

Somos o que muitas pessoas queriam ser. Somos pedaços de mau caminho, pedaços de bons caminhos, cristais brilhantes lapidados, luzes no horizonte, somos a luta do dia-a-dia.

Somos a natureza em várias formas. Somos a nítida fonte de desejos. Somos um pouco de todas as maravilhas existentes. Somos a vida e a morte.  Somos o tudo e o nada.


Somos a verdadeira libertação. Somos as asas da nossa imaginação. Somos o que queremos ser: livres.

Rita Padoin


terça-feira, 26 de novembro de 2013


Alma do Mar - Poemas
O Despertar do Silêncio - Pensamentos
O Som do Invisível - Poemas
 

REGRAS DO JOGO

Quando parei para analisar os porquês que a vida vem me questionando, relacionei tua chegada com a tua breve partida.

A lua vai mudar, ela está cheia. Pronta para recomeçar seu novo ciclo de mudança. Mudanças relacionadas com a vontade de viver o novo, que traz o incontestável e improvável mistério da vida.

Será no ciclo da crescente ou da minguante? Como saberei se o tempo determina meu tempo. O que me põe dentro das regras também me tira delas.

São as regras do jogo. Um jogo perigoso. Um jogo com muitas armadilhas, seduções e ilusões. O jogo da vida.

Estarei preparada para este jogo ou a própria vida me prepara com as surpresas inesperadas?

Preparados para esta recepção do jogo, nunca estamos. Sempre haverá a incógnita rondando o caminho que escolhermos.


Assim é o grande e misterioso livro da vida e que conta nossa história sempre com um recomeço.

Rita Padoin

MUNDO NOVO


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

SÓ HOJE

Só hoje percebi o quanto é belo teu entender. Só hoje percebi que me surpreendo a cada dia com os detalhes inesperados. Só hoje percebi que meus momentos de sublimes e mágicas loucuras não dependem de nada, somente de mim.

Só hoje percebi que teu sorriso tem a luz e o brilho do sol. Só hoje percebi que nada é para sempre, tudo tem um tempo e uma validade. Só hoje percebi que as cortinas que se abriram, mostraram o que eu desconhecia. Só hoje percebi que nada é em vão, tudo tem uma razão e um porquê.


Só hoje percebi que viver desordenadamente não é ruim, é apenas uma forma de extravasar o que a vida deixou em suas incógnitas.    Só hoje percebi que viver é uma loucura misturada com outra loucura e que nos dão as asas necessárias para o nosso voo renovador.

Rita Padoin

A ESSÊNCIA


terça-feira, 19 de novembro de 2013

COMO EXPLICAR

Como explicar o inexplicável? Perguntas-me o que não consigo responder. Perguntas-me o que a vida oculta dentro de seu manto de profundos segredos.
É muito difícil extrair o que não conheço. Explicar o que não entendo. Pôr em palavras o que não tem forma e nem cor. É muito difícil explicar o que não consigo ver.

Quero te responder sem esforço, quero te responder infantilmente, como uma criança te responderia.

Porém, foge do meu entendimento. O que na verdade é uma interminável viagem de idas e vindas. É um estado de profunda felicidade.

Quem lida com a arte sabe do que estou falando. Sabe o que estou sentindo. Reconhecerá cada linha que invade esta folha e escorre até pelas beiradas. São os dons do corpo, da mente e dos inúmeros fatos indecifráveis.

Entendes o que estou dizendo? São passos de uma dádiva que o corpo se transforma imaterialmente.

Conseguiste decifrar este estado que só sentindo conseguirás entender? Talvez esta tranquila felicidade passe despercebida em virtude dos atritos mundanos.


O mundo é impalpável, assim como este estado que habita no meu íntimo e que queres que eu explique. Na verdade já sabes que nada é visível, palpável e definido. 

Sejas assim como o mundo é: indefinido, invisível e impalpável...

Rita Padoin

GOSTO DE SER


sábado, 16 de novembro de 2013

Quero Entender

Quero entender o inevitável, o inexplicável, o invisível. Quero entender o que invade meus pensamentos e fica habitando como se já soubesse que a morada está vaga.

Quero entender este mundo que habita dentro de mim, há espera de outro mundo, que gira em torno deste imaginário cenário que explode em luz.
Sei que entender o inevitável é preciso entrar no incomensurável mar de ilusões sem ter medo do obscuro. É tentar entender o oculto, o que está nas entranhas da sabedoria. O esotérico.

Como veio, também vai e fica sem uma definição do que esperávamos. É sempre assim. Ciclos que fecham e nem percebemos.

Tão lógica e sensata é a tua invasão. Como entendê-la? Pergunto-te porque foge totalmente do meu limite, das minhas forças, dos meus loucos momentos de inspiração. Das minhas compreensões e do meu foco.

Quero entender o que foge do meu entendimento. Quero entender o que me dá medo. O que reluz em uma extensa viagem imaginária.

Quero entender tudo em todas as dimensões...

Rita Padoin

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O SILÊNCIO


LOUCURA OU LUCIDEZ?

Vivo numa dimensão onde a minha loucura (que não considero loucura) seja loucura para muitos. A loucura avizinha do louco que se acha lúcido e que tenta convencer da sua lucidez.

É inevitável conter. É inevitável muitas vezes esconder tanta insensatez dentro de um mesmo alojamento.

Escrevo numa folha sem definição. Branca quanto à pureza da alma. Derramo sobre ela esta loucura em pedaços e reinvento os momentos que acho necessário.

Entender esta loucura é o mesmo que querer entender o amor, a vida, o vento e tantas outras coisas. Sou o hiato entre uma loucura e outra. Portanto sou sem definição. Sou o que a vida reservou para quem me entender.

Metade de mim é loucura e a outra metade também. 

Rita Padoin

sábado, 9 de novembro de 2013

PRESTAI ATENÇÃO


PALAVRAS

Quando as palavras moldam para um caminho que imaginas ser o mais afável, as indecisões não cabem no momento. São as lutas que invadem um terreno improdutivo buscando arar o que a terra tem escondida no seu obscuro e misterioso centro.

As paredes que não necessariamente são visíveis dão às passagens do caminho que deverão ser seguidos. Com certeza o que assusta e invade ao mesmo tempo as linhas imaginárias, também invade o que de certeza nada se tem.

O tempo traz com ele tantas incertezas que não cabe a nós questionar. São os ventos taciturnos trazendo no seu bolso o que não conseguimos decifrar.

É uma invasão sem um entendimento. Apenas uma brisa que lava o dorso e nada mais. Minha projeção acaba ferindo minha compostura. Assim que o vento passa e me abraça, o corpo acorda.


São as ondas eletromagnéticas que entram em contato com o que chamamos de conexão universal.

Rita Padoin

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

sábado, 2 de novembro de 2013

LADO OBLÍQUO

Só agora percebi o lado oblíquo da vida. Só agora percebi que tudo está sem definição. Só agora percebi que viver é um ato de transição. Só agora percebi que a vida faz parte da minha família.

Só agora percebi a música tocando. Apenas o ato de compor as melodias que danço virou o palco de grandes e belas magias.

Quero capturar o presente, embarcar nas suas asas imaginárias e seguir. O meu presente escorre pelos meus dedos e tento resgatar cada minuto.

Quero entender a incógnita da vida sem muita obstrução de ideias. Não quero ver a vida apenas num ângulo reto. Quero todos os ângulos, os 360º que eu puder alcançar.


Sinto que a vida é uma ilusão e que interfere no meu pensar, no meu fingir, no meu desabrochar.
Rita Padoin

TUDO É QUESTÃO...


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

UM CAMINHO

Um caminho sempre será um caminho, tortuoso ou não sempre será um caminho. Mesmo que nesse caminho tenha apenas ruínas, ele continuará, sendo um caminho.

Este caminho estará sempre à nossa espera para que sejamos fortes e persistentes na nossa caminhada. Olhamos para ele sem medo. Só assim saberemos o que nos espera lá do outro lado.

As novas oportunidades só surgirão quando abrirmos as cortinas sem medo e dermos a oportunidade para que a mudança entre e a luz renasça.


Que sejamos persistentes e corajosos!

Rita Padoin

domingo, 27 de outubro de 2013

Reportagem Jornal Vanguarda - Lançamento do meu Livro O Som do Invisível


Reportagem no Jornal Panorama - Lançamento do meu Livro O Som do Invisível


ACUSO

Acuso cada passo sem nenhum resultado. Acuso sem pudor algum toda a fraqueza ao horror a morte. Denuncio cada passo que é dado em vão. Denuncio esta impossibilidade de lutar contra o medo.
            
Acuso, denuncio e repudio todas as incertezas que acompanham o dia a dia deixando apenas as marcas profundas do ferimento indócil.
            
- Não faz sentido? Como não? Tudo faz sentido. Além das trevas incontidas no breu da noite, há luz atrás do véu da vida.

            
Sejamos puríssimos e levíssimos diante da vida. Sejamos a alegria de viver. Sejamos o porquê e a dúvida de cada momento. Sejamos como a vida, sem cor e sem definição, mas, com a intensidade tão grande que deixa pelo caminho rastros de felicidade.

Rita Padoin

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quando o Passado

Quando o passado se romper e as certezas do caminho começar a se fundir com os caminhos do destino, os atalhos se abrirão. O Sol ultrapassará as cortinas pálidas da sala de estar e as paredes iluminarão dando o ar de clareza.

As grandes e velhas janelas do casarão incrustado nas matas se abrirão e o ar entrará cobrindo cada canto se infiltrando. Quando as mãos do tempo cobrir os restos do inverno, a música começará a tocar seu hino.

Sinto cheiro de mudanças. Sinto o odor de um passado que está ficando cada vez mais longe. São as tardes de um inverno longo se despedindo e as noites primaveris abrindo as portas do tempo adentrando-se.

A música toca alegremente. São músicas dos anos 80 que embalaram os grandes salões iluminados. A nostalgia marcou presença. É a mistura do passado e do presente deixando o tempo embalar o momento...

Rita Padoin

domingo, 6 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A SOLIDÃO

A solidão invadiu os meus aposentos trazida junto com a brisa do final de tarde. Ao adentrar as cortinas balançaram como se fossem o próprio vento. Elas flutuaram leves como a alma de um poeta.
Ah! Solidão, como és silenciosa! Parece a própria morte. Não dormes, apenas observas. Teu silêncio é tão escuro quanto o breu da noite. Encosta-te em cada pilar, sentas em cada cadeira, deitas em cada cama, delicias-te com todos os lugares que encontras.

Sem fazer nenhum barulho sussurras nos meus ouvidos deixando meu corpo com a sensação de frio intenso. Buscas em cada canto da casa um abrigo para tua morada. Entras e nem perguntas se podes ficar.

Sinto medo quando te aproximas sem minha permissão. Não consigo te tocar. Quero algo solúvel, algo que tenha firmeza.

- O que queres neste momento? Apenas companhia? Se for apenas isso, entra e fica, faremos companhia uma a outra.

Rita Padoin

           

QUANDO O HOMEM SE DER CONTA


sábado, 21 de setembro de 2013

NOSSA VIDA

Nossa vida é feita de ciclos. Pequenos para quem tem o olhar de sabedoria. Grandes para quem tem pressa. Pressa de não entender o tamanho do tempo. Pressa de ir pelo tempo finito, pelo atalho antecipado.

Pressa de não ver o que a vida deixa a mostra. Pressa de ter tudo o que queremos ao nosso tempo. Pressa de viver tudo ao mesmo tempo e não se importar se isto vai ferir alguém ou nós mesmos.

Tudo o que vem tem um tempo, uma data de validade. Um tempo para que tudo aconteça exatamente como foi determinado. Se prestarmos atenção no seu sinal ele mostrará que seu determinado tempo é passageiro. Breve. É como a brisa, chega de leve e se vai sem ao menos percebermos.

É imperceptível aos nossos olhos se não estivermos atentos. Há de se ter grande percepção para que nada transcorra sem que consigamos registrar e guardar no nosso baú de recordações.

Os ciclos vêm e vão. Há uma lacuna entre a vinda, a passagem e a ida de cada um. Esta lacuna é o que determina o tempo para o seu fechamento.

Vivemos com pressa sempre. Vivemos correndo como se o que está à nossa volta fosse fugir de nós. O tempo de cada um dos ciclos é determinado pela nossa aceitação e entendimento de cada passagem.


Tudo passa e o que tiver que ser nosso fica; menos nosso espírito que transmuta em ascensão.

Rita Padoin

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

NADA RESTOU

Se tivesse sobrado algo, poderíamos rever todo um contexto. Poderíamos sentar e analisar. Poderíamos avaliar e reavaliar o que restou; juntar para recomeçar o que ficou perdido.

Porém, nada restou. Não aconteceu nada que sobrasse alguma coisa. Sempre foi vazio, sem uma conexão perfeita. Apenas o entremeio de ilusão, de esperas, de lutas, de sonhos e de imaginações.

Hoje acordei com medo. Medo da vida. Medo do que ela me reserva. Medo de ter que assumir algo desconhecido. Medo de ir e não encontrar o que tanto planejei. Medo de não achar o que sempre procurei. É um medo comum, sem dor, sem angústias, apenas algo novo para desbravar.

Um dia eu teria que enfrentar o medo. Um dia ele bateria na minha porta e diria:
- Cheguei, e agora?
Eu olharia para ele e diria:
- Não sei. O que farei agora? Por onde recomeçarei?

Com certeza ele não terá as respostas para minhas perguntas. As respostas eu terei que buscar.
O medo vive no entremeio de nossos sonhos. 

Rita Padoin

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

DE-ME UM MOTIVO

Dê-me um motivo para ficar. Apenas um motivo. Se tiver um motivo que define minha estada aqui, eu ficarei.

Há tantas confissões sem limitações. Há tantas interferências, há tantos personagens desencontrados. Há tantos diálogos não ouvidos. Há tantas buscas sem uma razão.

A vida está lotada de pormenores inacabados. De romances sem uma definição. De amores perdidos. De caminhos não traçados. De vontades não planejadas.

Ah, seu eu pudesse interferir. Quantas coisas eu arrumaria. Quantos destinos seriam traçados com certezas. Quantos amores seriam encontrados.

Se eu pudesse interferir, quantas lutas acabariam e quantos caminhos seriam melhorados para esperar as chegadas. Quantas flores seriam regadas, quantas e quantas coisas eu acertaria só para ver sorrisos nos rostos.


Mas, não há nada que se possa fazer. Os destinos já foram predestinados e traçados. As lutas começadas e as batalhas indefinidas. Não há nada que se possa fazer. Nada. Só resta aceitar e buscar novos caminhos.

Rita Padoin

ELTON JOHN - CAN YOU FEEL THE LOVE TONIGHT


domingo, 1 de setembro de 2013

RECONSTRUÇÃO DE UMA VIDA

Vivi a maior parte da minha vida com limitações, horários e regras. Frustrei-me muitas vezes por aceitar sem questionar. Passei vontades irresistíveis. Mas, acabei resistindo. Tive desejos incontroláveis. Difíceis de conter? Sim. Mas, os contive.

Deixei de fazer coisas que eu amava. De conhecer pessoas, cidades, lugares e praias que eu sonhava. Deixei de escutar as músicas que eu gostava, de ir a lugares magníficos. De jantar em lugares pitorescos, de conhecer e fazer novos amigos.

Tive pretensões descabidas. Vontades intermináveis. Escolhas e gostos diferenciados, sempre com restrições. Às regras sempre estiveram presentes no meu dia-a-dia. Elas me seguiram durante muitos anos e nunca parei para contê-las ou rejeitá-las.

Apenas aceitei e jamais questionei algo ou alguma coisa do que estava acontecendo naqueles momentos. Eram tão normais quanto os hábitos cotidianos.

Deixei tudo para trás para viver uma vida que não era a minha. Pensei que minha vida e a minha felicidade estariam ali, naquele lugar, com aquelas pessoas, aquelas músicas; naquele mundo entre muros limitando minha caminhada.

Hoje vejo que minha vida estava dentro de mim e os lugares eu teria que explorar. Que as pessoas eu iria encontrar durante esta caminhada.

Que eu teria que ir a busca dos meus sonhos. Que eles não viriam até mim. As pessoas do passado eu as reencontraria nesta jornada. Que a minha liberdade de ir e vir seriam comandada apenas por mim e mais ninguém. Esta conquista seria vencida mais dia ou menos dia.

Hoje resgatei muitas coisas que eram minhas e tinham ficado lá trás. Perdidas, como eu. Estavam apenas fora de lugar. Fora de um eixo que ninguém nunca conseguiria recolocar no seu lugar. Apenas eu. Só eu e mais ninguém.

Assim o fiz e continuo fazendo. Resgatando e recolocando tudo no seu devido lugar...


Rita Padoin


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SONHOS

Os anos se foram e as mais nítidas aventuras se misturaram com os sonhos. Quero ter as tuas pupilas brilhantes e amendoadas na minha direção. Elas entorpecem minhas dúvidas.

O tempo ruge como um dragão. Ouço passos apressados. São teus? Eles aparentemente vêm na direção do meu quarto. São largos, compassados e firmes.

Não tenho medo dos passos e nem dos sons que eles fazem. Tenho curiosidade das incertezas que acompanham os passos e refletem na minha indecisão.

Em silêncio, ouço cada vez mais perto, eles fazem ecos e refletem no meu coração.

Se fores tu, abre as janelas e deixa a claridade entrar. Ela baterá no teu rosto e mostrará todos os detalhes que ninguém consegue ver. É branca tua pele como uma seda virgem. É real ou apenas uma miragem? Se for real, Michelangelo o esculpiu. Tão perfeito como a estátua de Davi em todo seu esplendor.

Se for miragem, é a mais bela que já vi. Não quero acordar deste sonho imaginário que deixou meus olhos paralisados com tamanha beleza...


Que assim seja, apenas beleza e sonhos imaginários.

Rita Padoin

domingo, 25 de agosto de 2013

É PRECISO

É preciso estar preparada. É preciso que o tempo desenhe as linhas, mesmo imaginárias. É preciso coragem para lutar e vencer as barreiras contidas no intimo. É preciso muito para o pouco que esperamos. É preciso...

Que o vento levemente ponha sobre as pontas soltas o suave frescor de seus sopros. Que as limitações de cada momento ultrapassem as ilimitações.

Que ao surgires em meus pensamentos eu tenha o súbito imprevisto de não fraquejar. Que as folhas não tremam de pavor quando pisadas e abandonadas em seu templo solitário.

Que quando a vida suspirar de emoção eu esteja preparada para recebê-la. Que o tempo não mude sem me avisar. Que é preciso viver intensamente.

É preciso ter tantos atributos para não desistir e mostrar habilidades para poder te seduzir.


É preciso...É preciso...como é preciso!

Rita Padoin

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ENTRE O CANTO DA GAIVOTA


CONQUISTAR

Conquistar não é apenas uma razão, é um desafio. Conquistar é surpreender, lutar, buscar, se sacrificar, seduzir. Conquistar requer sabedoria.
 
Sim, conquistar requer muita sabedoria, porque conquistar é procurar compreender e entender a outra parte. Conquistar é descobrir seus gostos, suas manias, seus ideais, seus caminhos e até seus pensamentos. Muitas vezes tem que ser até um adivinho.

Conquistar é um jogo de grandes habilidades. Conquistar da trabalho, muito trabalho. O que seria desta vida sem desafios? Vazia. Sim, vazia. Conquistar é um elenco de atividades que nos leva a pensar, a fazer cálculos, sejam matemáticos ou não.

Estes desafios às vezes doem. Doem porque temos que lutar e lutar não está no nosso calendário de atividades diárias. Então, fica sempre a impressão de que não vamos conseguir atingir nosso objetivo.

Conquistar tem sabores diversificados, seja antes, durante ou depois que conseguimos atingir nossos objetivos. São tantos os atributos, que nos perdemos tentando decifrar e entender como se consegue planejar para vencer.

O desafio da conquista é simplesmente maravilhoso. É desafiar a vida conquistando nossos ideais.

Que sejamos grandes idealistas, conquistadores e desafiadores dos nossos ideais.

Rita Padoin