quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

FUGA DA NOITE

Se eu pudesse, me verteria em poesia. Atravessaria o oceano e me derramaria em versos só para te amar, e sob a luz tímida da lua me deitaria sob os lençóis brancos. As noites em que a lua alta apenas me observa, abro as janelas e ela entra para me fazer companhia.
Ao findar a madrugada, os primeiros raios de sol banham meu corpo sob os lençóis brancos. As paredes mudam de cor, deixando apenas o rastro dourado como símbolo de que ele esteve por aqui.
Não percebi a fuga do tempo. As horas passaram por mim e nem me acenaram. Apenas embarcaram nas asas do tempo e se foram. Eu havia aprisionado a noite, porém, ela desdobrou suas asas e foi embora.
Ao perceber a fuga da noite, aninhei-me no colo da saudade e fiquei a espera de mais uma noite cheia de intenções.
Rita Padoin
 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

TAMBORILAR DA CHUVA

De repente o céu escureceu e o tempo mudou muito rápido. De um calor que trincava a terra, a uma temperatura amena. Quase frio. As nuvens ficaram densas e o vento cantou mais alto que de costume.
A água da chuva está revolta. O vento virou e todas as árvores dançam ao mesmo ritmo, frenético. Parece outono. Da janela apenas observei o bambolear da chuva que batia no chão.
Fechei as janelas e não deixei uma única fresta por onde pudesse penetrar o som do vento, o murmúrio das folhas, o gorjear dos pássaros ou o toc toc dos passos passando pela rua.
Continuei observando atentamente as mudanças bruscas. A chuva aumentou a sua intensidade e a música que tocava quase não se ouvia. A rua ficou um tapete molhado que formavam ondas em contato com o vento. A grama se levantou para ver o que estava acontecendo.
Desliguei a música e apenas fiquei a ouvir o som da água tamborilando sobre a terra...
Rita Padoin
 
 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Quando me desligo, entro em contato com a plenitude do invisível mundo das imaginações. Rita Padoin
 
                                         ____________arte de Christian Schloe
 

domingo, 18 de janeiro de 2015

CHANCES NA VIDA

Penso que as pessoas tem uma única chance na vida. Apenas uma. Não acredito em segundas chances para as mesmas coisas. A chance está ali, bem na nossa frente, se não aproveitamos, é porque fomos relapsos perante a chance que a vida nos deu. Segunda chance não existe. A chance é única. Mesmo que se dê a oportunidade da segunda chance, ela nunca será igual. O momento passou e a emoção também.
 
Assim, são com as pessoas, ou são boas ou não são. Meio termo não existe. Já nascemos com a personalidade formada, apenas vamos aperfeiçoando melhor. Quando falo aperfeiçoando, estou falando de crescimento e amadurecimento perante a vida.
 
Isto de dizer que não fez por mal, que apenas foi um lapso. Não existem lapsos para quem tem boas intenções. Vivemos numa era em que buscamos o nosso bem estar, buscamos a nossa origem, portanto, sejamos humildes perante a vida. Caso contrário tudo passará por nós despercebidos.
 
Culpar a vida pelos nossos fracassos não resolve. Somos culpados inteiramente pelas nossas cabeçadas, nossos fracassos como seres humanos e como profissionais da vida. Precisamos rezar a cartilha da vida se quisermos crescer e evoluir como pessoas de bem.
 
Sejamos compassíveis com a vida. Ela é o que temos de mais perfeito e belo no momento. Estamos sós na trilha e só encontraremos uma saída se seguirmos em frente sem medo, com plena convicção.
 
Acham que estou sendo muito radical? A vida também é. Ela radicaliza sem medo. A vida é uma escola, diploma alunos todos os dias. Não vi nenhum aluno se diplomar sem ter que estudar e buscar aperfeiçoamento no campo que escolheu para seu futuro. São as consequências para se chegar vitorioso e receber o diploma da vida.
 
Vamos estudar com dedicação e esmero, só assim sairemos vencedores em todos os ângulos.
 
Rita Padoin
 
                                _________arte de Felix Mass
 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Nada melhor que o tempo para curar e nos fazer entender a vida. Rita Padoin
 

                                _____________arte de Salvador Dali
 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O tempo é um baú que guarda todas as nossas indecisões, nossos sonhos e as nossas ansiedades, para que na hora certa as coisas aconteçam. Rita Padoin
 
                                ___________arte de Vladimir Kush

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A pior de todas as traições é aquela que vem de encontro ao inesperado. Rita Padoin
 
                                             _____________arte de Christian Schloe

SOMOS COMPOSTOS

Somos compostos de muitas partes, muitos sentimentos e emoções fortes. Muitas vezes nossa alma é fragmentada e essas rupturas causam grandes traumas deixando nosso interior perdido entre os destroços. Buscamos então nosso Eu dentre estes destroços e tentamos resgatar como se fossem elos de uma corrente. Elos que unidos se tornam único, como o Uno.
Rita Padoin