terça-feira, 26 de agosto de 2014
O REFUGIO DA SAUDADE
O que dizer da saudade quando ela
busca refúgio dentro de nós? Quando ela bate em nossa porta, o coração palpita,
a alma se agita e o corpo vibra de emoção. Quantas e quantas perguntas nós
fazemos buscando respostas e definições. Quantos questionamentos em busca de
algo que nos levam ao mais profundo entendimento.
Saudade, quando não a entendemos machuca, dói e fere profundamente. Mas, a saudade nada mais é do que um sentimento inacabado de algo que não sabemos e nem entendemos o porquê da sua existência.
Assim é a saudade, nos pega de surpresa e nos arrasta a um mundo desconhecido. Um mundo que vive dentro de nós e não percebemos. Um mundo de imaginações, de buscas, de ilusões, de fantasias. Um mundo fantasioso com infinitas possibilidades de sonhos.
Rita Padoin
Saudade, quando não a entendemos machuca, dói e fere profundamente. Mas, a saudade nada mais é do que um sentimento inacabado de algo que não sabemos e nem entendemos o porquê da sua existência.
Assim é a saudade, nos pega de surpresa e nos arrasta a um mundo desconhecido. Um mundo que vive dentro de nós e não percebemos. Um mundo de imaginações, de buscas, de ilusões, de fantasias. Um mundo fantasioso com infinitas possibilidades de sonhos.
Rita Padoin
arte de Alex Chernigin
sábado, 23 de agosto de 2014
VEU DO TEMPO
Jamais me perderia no caminho do mundo se o rumo certo estivesse mapeado dentro das possibilidades que sonho. Quem me dera ter o mapa deste ponto a ponto do universo. Se minha lucidez fosse apenas um mero ponto de sonhos e minhas escolhas fossem minha aliada e de mais ninguém. O discernimento faz parte das minhas escolhas sempre.
Quem me dera ser tão forte para enterrar num só pacote, o presente, o passado e o futuro. Que as sete chaves do tempo estivessem em minhas mãos para abrir as gavetas que escondem os segredos, assim tudo ficaria esclarecido e sem nenhuma dúvida quanto aos mistérios do mundo.
O indivisível e o insondável que não entendemos, vivem nas rondas que passamos sem ter a noção certa dos acontecimentos. Os véus que caem e cobrem os muros do amanhã, formam as pontes que invadem o jardim da vida.
Quem me dera poder criar e recriar o tempo. Assim uma única realidade (passado, presente e futuro) se tornariam apenas lembranças de um momento bom que passamos e seguimos em frente...
Rita Padoin
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
PROFUNDIDADE DA VIDA
Quando olhamos para algo muito belo, ficamos sem palavras. Percebemos
que é tão sublime e tão intensa toda aquela beleza que ficamos sem saber como
descrevê-la. Não entendemos a dimensão e nem a imensidão do que está
acontecendo ao nosso redor. Tudo acontece e se move constantemente; é tão vivo
e tão perfeito que não conseguimos explicar.
É preciso estar livre para que a liberdade abra suas portas e nos deixe
entrar. É preciso voar, voar nas alturas e ver que somos apenas matéria, que
ficará a mercê da terra fértil. É preciso entender a vida em todos os ângulos.
É preciso tantas e tantas coisas que fica difícil enumerá-las aqui.
São os caminhos cruzados que a vida apresenta e que temos que ter o
discernimento para saber como seguir em frente. A vida aponta as setas e nós
não conseguimos ver diante de nossos olhos. Olhos da vida que é preciso se
desligar para entrar em contato com o divino.
O tempo fica só na expectativa, olha, observa e busca tendências que vão
além do que possamos entender. Porém, há dentro de todo este contexto muitas
coisas que ainda precisam ser entendidas. Quando chega o momento de partir,
nada mais nos segura. É o tempo que já moldou e preparou todo o terreno e que
precisamos entender e seguir.
Afinal, tudo é passageiro. Nada é para sempre.
Rita Padoin
sábado, 9 de agosto de 2014
AS MUSAS DO VALE
Noite silenciosa. As estrelas brindavam mais um dia que se findou e a cidade das uvas começava a se organizar para as festividades.
As casas nos arredores continuavam com as luzes acesas, mesmo que a madrugada estivesse engolindo a noite e avisando que chegou a hora de se recolher.
A lua alta com seus raios prateados iluminava as ruas.
Os habitantes da cidade das uvas estavam agitadíssimos. Os festejos estavam por começar e as deidades invisíveis se movimentavam de um lado a outro tentando entender o que estava acontecendo.
Naquele mágico momento os deuses tiraram as grandes colunas envergadas e montaram um templo onde o Baco em seu trono se ostentou provando o néctar que a terra guardou por muito tempo.
Durante toda a noite a música tocava e todos dançavam homenageando seus deuses que ali assistiam emocionados.
As águas serpenteavam por entre os verdes e os festejos continuavam madrugada adentro como se nada e ninguém mais existisse.
As Musas do Vale com seus belos e longos cabelos, cobriam boa parte dos seus corpos como se fosse um véu fino e delicado. Dançavam alegremente num ritmo diferenciado, acompanhando os festejos.
A homenagem a Baco é feita dia a dia na cidade das uvas.
Rita Padoin
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