Busquei
no vento uma razão para entender o que tentas me dizer. O vento me disse que
para estar em consonância com a magnitude da vida é preciso estar em uma
constante e lógica busca.
Disse-me
também que cada passo será um novo caminho e o que ficou para trás se perdeu no
tempo. Que as verdadeiras buscas sempre têm dentro dela um coração que bate
atentamente. Que cada batida é um sinal a ser observado com atenção.
Disse-me
que o escudo protetor da vida muitas vezes quebra e que para soldá-lo leva
tempo, dependendo do olhar interno.
Disse-me
que estar perdido às vezes não é ruim. Que estar perdido é o que estávamos
aguardando para procurar o que foi deixado no esquecimento e que precisa ser
encontrado.
Disse-me
que cada sinal é um novo e inesperado começo, que se deixarmos passar
despercebido não viveremos aquele intervalo.
Cada
vez que me diz algo, ouço atentamente para não me perder nos atalhos que
encontro no caminho. Cada atalho tem uma direção certa, apenas vai de como ele
é visto.
Disse-me
que o mundo é uma grande massa viva se transformando constantemente. Se não
andarmos de mãos dadas juntamente com esta grande massa transformadora;
ficaremos presos dentro de um grande presídio chamado “EU”.
Que
estejamos atentos a esta grande liberdade que vive dentro de nós.
Rita Padoin
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