quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A VIDA

A vida nos dá a oportunidade de ser o que somos. De aprender e desaprender de acordo com as nossas regras e leis; depende apenas de nós. Nada é imposto se não aceitarmos. Viver requer sabedoria de entender e decifrar os sinais emitidos todos os minutos.

Há muitas razões de estarmos onde estamos e de sabermos quando chegou a hora de partir, porque as cortinas se fecharão no momento exato de se retirar de cena.

Quando as cortinas se abrirem novamente será a hora de iniciar uma próxima temporada no teatro da vida e aí sim, será o recomeço de mais um ciclo novo.


Assim é a vida, um palco de emoções onde os artistas somos nós.
Rita Padoin
https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

sábado, 25 de janeiro de 2014

DESTINO INCERTO

Perdi-me no colo da vida e deixei escorrer entre seus dedos todas as minhas indecisões. Vi minhas dúvidas todas cabisbaixas e nos braços do tempo elas descansarem. As lágrimas que estavam adormecidas acordaram e sem explicação alguma pegaram suas mochilas e partiram para um lugar chamado destino.

Entrei na linha imaginária e observei cada detalhe que de uma forma ou de outra passaram despercebidas. Vi-me num caminho sem volta, onde presente e futuro caminham na mesma direção.

O sorriso das estrelas enalteceu o momento. Deixou cada detalhe em perfeita harmonia. A lua observou tudo de onde ela estava sem dizer uma só palavra. Olhei-a esperando que dissesse alguma coisa que viesse interferir involuntariamente na minha decisão. Mas, ela apenas balançou a cabeça numa forma de aprovação. Foi mais fácil se despedir assim, com um aceno e um sorriso. Abaixei-me para pegar minhas bagagens e ir.

O veículo para o embarque já estava estacionado ao lado esquerdo da rua onde fica a esperança. Atravessei a rua e coloquei minhas bagagens no bagageiro do carro e embarquei para um destino tão incerto quanto a viagem. 

Olhei apenas para a rua sem olhar para trás, assim segui meu destino apenas com o vento batendo no meu rosto e limpando quaisquer impurezas que por ventura tenha ficado ali.

Assim, segui meu destino sem olhar para trás...
Rita Padoin

AQUIETEI-ME


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

MOMENTOS

O que me poria num extenso e misterioso mundo, onde nada é nada perante o tudo que me cerca? É uma vasta e intensa jornada de ilusões onde a vida mostra aquilo que devemos enxergar e nós enxergamos aquilo que queremos ver.
 
O tempo se limita quando nada vemos e tudo queremos. Limita-se dentro de seu ilimitado instante e eu me limito dentro do limite do tempo. O que me põe dentro das regras também me tira delas.
 
São as regras do jogo. Um jogo perigoso. Um jogo com muitas armadilhas, seduções e ilusões. O jogo da vida. Às vezes os momentos que consideramos importantes e essenciais acabam por se tornar apenas um vago e inesperado intervalo. O tempo impõe certas regras que não queremos.
 
Buscamos então as nossas regras. Buscamos o que não precisamos fazer muito esforço. O que apenas nos nutre de alguma forma. Acabamos então por nos tornar grandes mestres jogadores em virtude da vida nos impor regras para este jogo. Não tem como escaparmos quando o que nos foi conferido está além do nosso entendimento. 
 
Eu sei que falar de assunto que não entendemos é muito difícil, principalmente quando estamos a um passo de nos tornarmos maduros para começar a entender. Vejo os dias passando e sinto o perfume de lavanda no ar. É o aroma da vida, perfumado e leve.
 
Seu perfume é suave como a brisa do final de tarde em seu mais intimo momento. É o sopro de Deus na sua mais sublime manifestação. Que sejamos perfume de lavanda em toda a nossa vasta extensão, nutrindo cada caminho que percorremos.
 
Que sejamos apenas o que a vida traz na sua bagagem, o leve sopro da manifestação do amor.
 
Autora: Rita Padoin
 
 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

QUERO ENTENDER

Quero entender o viver, as suas ilimitações, os seus complexos, os seus mistérios. Quero entender o nada, o tudo, o indispensável, as incógnitas. Quero entender você, suas indecisões e as suas decisões. O seu querer e o seu amar. As suas incertezas, quando tem a certeza e dela nada fazes. 

Quero entender quando dizes tantas coisas e eu não compreendo. Tudo fica nas entrelinhas. Quero decifrar cada palavra, cada linha, mas, todas fogem do meu entendimento. Tudo fica obscuro diante da incerteza das nossas indecisões.

Quero entender o sim e o não, a verdade e a mentira, o bom e o ruim. Quero entender o mundo e as suas conotações, seus verbos, seus substantivos, seus adjetivos.

Quero entender cada centímetro quadrado que fica exposto ali na minha frente. A troca de temperatura do tempo, do vento. A calmaria e a agitação do mar, quando há influência do tempo. O crescimento da lua, quando míngua e quando se renova para o seu novo crescimento. Quero entender todas as suas fases minuciosamente.

Quero entender a noite. O silêncio que chega devagarzinho amedrontando, assim que a madrugada começa a acordar. Quero entender as estrelas quando estão todas juntas deixando a noite menos assustadora. O grito da coruja que mais parece um lamento de dor. Todos os seres vivos que habitam na noite se escondendo sabe lá do quê, com medo talvez deles mesmos.

Quero entender o som. O som dos pássaros, o som da guitarra, o som das vozes das pessoas, o som do vento. Quero entender desesperadamente o som do mar agitado e todos os seus grandes mistérios. O som dos passos, quando ouço vindo em minha direção e não consigo decifrar de quem são. O som de todos os instrumentos musicais, que quando tocados formam um som harmonioso, nascendo a música.

Quero entender o raio e a tempestade que assusta tanto. O som do silêncio, do medo, do escuro. O som da água da cachoeira deslizando por entre as pedras e percorrendo os obstáculos para chegar ao seu destino.

Quero entender os mistérios que rondam e não temos nenhum domínio sobre ele. É nestas horas que vemos o quanto somos pequenos diante da grandiosidade do mundo e do universo. Quero entender quando o risco de dar certo é o mesmo de dar errado, que cada um dos 50% de chance ou de dar certo ou de dar errado é igual.

Quero entender a vida e os seus pormenores. Quero entender a bondade, o egoísmo, a ganância, a verdade, a mentira. Quero entender o mundo e todas as suas verdades e inverdades quanto a durabilidade da vida. Quero entender minha alma que transmuta.

Enfim, quero entender meu espírito andante e voante que me liberta de todas as amarras do mundo sem dizer uma única palavra. 

Rita Padoin

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

MINHA INSPIRAÇÃO

Ultimamente tenho andado tão sem inspiração que tenho a impressão de que todas as palavras sumiram de dentro de mim ou que estou vazia por dentro. Quando estou sem inspiração me sinto fora do meu habitat, fora de sintonia, fora de forma, fora de foco. Sinto-me vazia, imune, perdida. Fico sem definição, sem percepção, é como se eu tivesse perdido minha identidade. É como se o mundo parasse e esperasse eu tomar uma atitude. Aquela atitude, quando alguém te sacode e diz: 

- Ei, você aí? Acordaaaa...o mundo não parou.

Ele continua girando. O relógio está batendo, ouça o seu tic tac,  o sol continua nascendo, se pondo e nascendo novamente. O avião está prestes a decolar, o ônibus está saindo da rodoviária neste instante com todos os seus passageiros, as pessoas estão trabalhando normalmente.

Sinta o vento, ele também continua soprando. A primavera logo estará ai novamente. O verão findará e o outono baterá na nossa porta em pouco tempo e logo dará as boas vindas para o inverno. Ele chegará e precisaremos nos agasalhar, porque lá fora tudo se encolherá e o frio soprará na nossa direção gelando nossos corpos.

A cortina se abriu tocada pelo vento e sobre ela vi lá fora o tempo passando, ele realmente não parou. Tudo continua normal. A vida lateja como meu corpo e tudo se move ao mesmo tempo. É uma sinfonia de prazeres. Uma orgia em movimento. 

Continuo olhando pela janela, vendo o tempo passar e esperando a inspiração retornar. Tenho a impressão de que ela partiu em viagem e não sei se retornará. A estrada está coberta pela poeira e parte dela ficou invisível. Não consigo ver se a inspiração está apontando no final da estrada ou não. Meus olhos lacrimejam para não perder o foco e a direção do caminho.

Em muito pouco tempo o vento parou e a poeira foi baixando devagarzinho. Ao longe, lá no final estrada, no colo do horizonte, vi a inspiração, tímida, surgindo como quem não quer nada.  Cabisbaixa com sua mala de couro na mão vêm caminhando na minha direção e eu fui ao seu encontro. Meu coração parou e minha alma sorriu de felicidade.


Abraçamo-nos e começamos a partir dali uma nova era.

Rita Padoin

MEDITAR



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

LIBERDADE

Não quero ter horários e nem muitas responsabilidades. Quero fazer só o que eu tenho vontade. Quero viajar, sair pelo mundo e chegar a hora que eu quiser. Quero ter a liberdade de ir e vir. Quero viver e ser feliz.

Quantas e quantas vezes ouvimos estas expressões? Muitas vezes, não é mesmo? Até nós já pensamos desta forma. Quantas vezes pensamos em ser livres e lutamos para obter esta liberdade sem saber o que ela representa. Talvez uma liberdade de expressão, uma liberdade de responsabilidades ou uma liberdade que só tem o nome, porque na realidade dela nada sabemos. Ela é tão misteriosa quanto tudo o que tem nome e se move neste universo.

Falar de liberdade é muito complexo, ela vive no nosso entremeio e nem percebemos. Digo isto porque todos nós passamos por períodos da nossa vida em que pensamos muito em ser livres e não sabemos como fazer para obter esta liberdade.           

Quantas e quantas pessoas livraram-se do emprego que detestavam, do marido com quem já não vivia lá muito bem, daquela velha amizade que só sugava, daquele vizinho chato que só incomodava ou daquele cara que era uma mala sem alça e vivia atazanando dizendo que estava afim de você. Depois que se livraram de tudo que “impedia a tal liberdade”, vem a pergunta:

- Estamos livres de tudo o que impedia a tal liberdade? E agora, o que fazer com ela? Será que sabemos na realidade o que é ser livre ou o que é ter liberdade? Será que ser livre é fazer o que temos vontade? É viver sem horários? É se separar? Sair do emprego ou se livrar de tantas e tantas coisas que estavam nos incomodando?

Será que ser livre é tudo isso? Se for, o que fazer e por onde começar a desfrutar esta tal liberdade quando alcançamos e ela está ao nosso lado? O que fazer quando ela bate na nossa porta e diz: - Estou aqui, o que faremos agora?

Geralmente ficamos com medo de abrir a porta e nos depararmos com o desconhecido. Lutamos tanto pelas coisas que almejamos uma vida inteira e quando temos nas mãos, ficamos inertes. Ficamos sem ação perante o prêmio que ganhamos da vida pela luta.

Não adianta nada nos livrarmos de tudo que nos fazia ou faz mal, se não sabemos na realidade o que é a verdadeira liberdade. Já fizemos esta pergunta para nós mesmos? Se não fizemos, que tal começar a fazer? Analisar o que na realidade é a liberdade. O que ela representa na nossa vida e no nosso cotidiano.

Talvez assim chegássemos à conclusão de que ela mora dentro de nós e não sabemos. Que para despertá-la precisamos estar atentos. Que para entendê-la é necessário dar tempo ao tempo para que tudo saia exatamente como deveria, sem anteciparmos o futuro. Talvez assim, entendêssemos a liberdade de outra maneira. Que tal esperar o fruto amadurecer para colhermos?

Talvez assim, a liberdade que tanto almejamos venha na medida certa e aí quando ela bater na nossa porta estaremos prontos para entendê-la e recebê-la.

Rita Padoin

 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Viver é uma arte. Nascer é uma poesia...Rita Padoin


domingo, 12 de janeiro de 2014

UM BRINDE AO ANO NOVO

Quando janeiro chegar e com ele o embalo de mais um novo e inesquecível ciclo, quero me aventurar. Quando janeiro chegar, quero estar preparada para esperá-lo com um brinde para o início da mais nova etapa; o início de mais um ano de expectativas, de sonhos, de idealizações e realizações.

Assim que janeiro chegar, festejarei com ele todos os 365 dias do ano que se findou e que trouxe alegrias e tristezas, sucessos e frustrações, amores e amizades, realizações e idealizações.

Assim que janeiro chegar, brindarei com ele mais uma passagem de ano que deixará saudades, mesmo as que não gostaríamos de lembrar, não importa. O que importa mesmo foram os momentos vividos.

Assim será meu inicio de mais um ano, cheio de aventuras, preparações, festas e brindes.

Brindes para este novo ciclo de espera e que somente eu poderei fazer dele o melhor ciclo da minha vida. Somente eu poderei realizar todos os meus sonhos. Somente eu poderei trazer e encontrar a felicidade. Somente eu.


Que o próximo ano venha para mais um brinde. Um brinde para uma vida de prosperidade, paz, harmonia e amor.

Rita Padoin

AS MAIORES VIAGENS.