domingo, 21 de dezembro de 2014

NOSTALGIA

Acordei com a nostalgia batendo na minha porta e lembrei-me da minha juventude. Vasculhei entre meus pertences e descobri as fotos e tantas outras coisas que guardei como recordação. Olhei para cada uma daquelas fotos antigas e vi que eu era uma fração do que me tornei hoje.
 
Vi em cada foto a história da minha vida. Vi ali entre minhas mãos uma lembrança de felicidade, de sonhos e de esperanças. O sorriso estampado no meu rosto era de pureza. Nos olhos a luz irradiava o sol que estava dentro do meu coração.
 
Entre as mãos me vi frágil e sem nenhuma proteção. Apenas uma vaga lembrança de tempos que tinha ficado tão esquecido e de repente as luzes se acenderam e tudo voltou como se eu estivesse lá.
 
Abriram-se as portas e me vi entrando como se o tempo tivesse voltado. O silêncio se fez presente e as luzes se acenderam para que eu entrasse em cena. Vi as cenas, uma a uma, como se eu estivesse revivendo todo aquele momento de encanto.

O passado ficou tão distante, porém, me vi nele por breves momentos. São fragmentos de saudades. Fragmentos de um tempo que não vai mais voltar. Apenas ficará na lembrança e nos registros de uma foto amarelada.  
   
As lágrimas verteram de emoção, enquanto passava o filme da minha vida. A música tocou e dancei revivendo o momento que se fez presente.
 
Rita Padoin
 
                                              __________arte de Luis Ribas
 

Caetano Veloso, Maria Gadú - Nosso Estranho Amor


domingo, 14 de dezembro de 2014

AUTENTICIDADE

Para me atingir é preciso estar no mesmo patamar. Não admito e nem deixo entrar quem eu não convido. Minha sala de estar está sempre aberta para aquelas pessoas de alma limpa, de espírito puro e livre como o meu.

Não tolero pessoas de duas caras, que vai aonde a onda leva. Tem que ser autêntico (a). A autenticidade é um documento de identidade que carregamos desde a nossa concepção. É a certificação que mostra quem realmente somos.

Só me convide se realmente me considerar uma pessoa que está à altura do convite, senão, deixemos de hipocrisia. Deixemos de lado as cerimônias. Só pessoas hipócritas fazem convites sem importância. Só os hipócritas acreditam que estão sendo generosos e autênticos fazendo isso. Só os hipócritas se auto-intitulam as “celebridades do momento”. Só os hipócritas não têm créditos nem com eles mesmos, quanto mais com os outros.

Vivemos numa era em que tudo está tão virtual, tão frio, tão sem emoção. Sejamos diferentes, quentes, arrojados, fortes e com ideais. Sejamos pessoas de bem, pelo menos enquanto convivemos com pessoas. Sejamos humildes enquanto pobres mortais. A arrogância só tem espaço para aqueles que vivem num mundo de ilusões.

Rita Padoin
 
https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta
 
                                          _________arte de Christian Schloe

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A NOITE CHEGA

A noite chega e traz com ela o perfume das flores. Traz as lembranças de um passado, a calmaria, o momento em que o silêncio se aloja e as vozes da noite se reúnem para um aparte. Por trás da escuridão, a luz se intensifica trazida pela lua que dormia no colo do horizonte. Os pássaros que em revoada anunciava o dia, agora descansam. Assim são as noites, intensas como nossos sonhos, bela como as águas serenas e perfumadas como as flores primaveris.
Rita Padoin
 


 
 
 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

DEZEMBRO...

Dezembro chegou e com ele o final de mais um ciclo que se aproxima. Ciclo que traz no seu colo toda a certeza de um próximo, com novidades e surpresas. Assim é nosso caminhar, sempre com sonhos e esperanças de dias melhores. O que seria de nós sem estas esperanças, estes sonhos e esta magia? Não seríamos o que somos hoje. Não seríamos estes seres humanos vivos por dentro e que mantém todos os nossos sonhos em ascensão. É este ser humano interior que garante a chama do amor acesa. Que continuamos vivos, sonhadores e idealizadores de um Mundo Novo e melhor.
 
Seja bem vindo DEZEMBRO...
 
Rita Padoin