Ao revelar-te, entregaste a chave que abre as amarras do teu destino. O
que na verdade tem de concreto na aparência pode não ter de concreto no
interno.
Ao revelar-te,
deixaste claro que a nossa trilha estava traçada e que nada e ninguém poderá
deter.
Ao revelar-te,
deixaste para trás quaisquer dúvidas. Quaisquer resquícios que possam
interromper os planos que foram feitos em uma determinada data.
Ao revelar-te,
trouxeste todos os sonhos imaginários para fora da tua redoma e derramaste
sobre o tapete vermelho.
Ao revelar-te,
soltaste as algemas do teu passado e deixaste soltos todos os pássaros raros
que estavam por alguma razão presos na ilusão.
Ao revelar-te me deste
a chance de poder voar também e soltar as amarras que estavam por alguma razão
presas ao passado.
Tua imaginação está
muito aquém do real e muito além do irreal. O que está dentro do invisível só
poderá ser identificado pelo modo como é visto profundamente.
Assim, voaremos juntos
no aquém e além-fronteiras.
Rita Padoin
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