sábado, 21 de dezembro de 2013

AO REVELAR-TE.

Ao revelar-te, entregaste a chave que abre as amarras do teu destino. O que na verdade tem de concreto na aparência pode não ter de concreto no interno.
            
Ao revelar-te, deixaste claro que a nossa trilha estava traçada e que nada e ninguém poderá deter.
            
Ao revelar-te, deixaste para trás quaisquer dúvidas. Quaisquer resquícios que possam interromper os planos que foram feitos em uma determinada data.
            
Ao revelar-te, trouxeste todos os sonhos imaginários para fora da tua redoma e derramaste sobre o tapete vermelho.
            
Ao revelar-te, soltaste as algemas do teu passado e deixaste soltos todos os pássaros raros que estavam por alguma razão presos na ilusão.
            
Ao revelar-te me deste a chance de poder voar também e soltar as amarras que estavam por alguma razão presas ao passado.
            
Tua imaginação está muito aquém do real e muito além do irreal. O que está dentro do invisível só poderá ser identificado pelo modo como é visto profundamente.
            
Assim, voaremos juntos no aquém e além-fronteiras.

  
Rita Padoin

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