terça-feira, 30 de julho de 2013

ILUSÕES

Vivo num lugar chamado presente e que um futuro clama para ser desvendado. Vivo num mundo que não consigo compreender. Convivo com pessoas que não me entendem. Crio uma arena para me fortalecer e me compreender. Resgato de dentro do meu profundo passado, histórias para contar.

Vivo dentro de imaginações, eu sei. Mas o que seria de mim sem estas ilusões ou estes sonhos? Creio no meu futuro. Creio que ele virá, mesmo sendo uma louca e frágil insegurança.

De que adianta viver este presente que nada me dá? Ele é uma mera ilusão de ótica que deturpa todo meu sonho. Não quero viver neste mundo assim. Quero ter a certeza de que irei resgatar cada limite de esperança.

De que adiantaria ter tudo num momento e nada no momento seguinte? Como meu passo que deixa seus rastros no passado e logo em seguida está no futuro? O intervalo é tão rápido que não o vejo. Quero algo duradouro. Busco algo que some minhas vontades e se iguale num todo. 

Que simbólico atrevimento o teu de invadir minha manhã e nada me oferecer em troca. Tua insistência me domina. Teus loucos devaneios me atormentam, destroem meu escudo protetor. Ultrapassam minha coragem e levam contigo minha força.

Sentes minha fraqueza e te distrais com ela, não é? Saibas que não é fraqueza, é uma forma de deixar que penses assim. Também me divirto com tuas ironias. São momentos que me elevo e me mantenho sobre minhas rédeas.

Quero o teu presente misturado com o meu. Quero a tua imaginação no meu real. Quero me desmanchar nas vontades e nos teus desejos.

Vivo o hoje apenas...

Rita Padoin

EROS RAMAZZOTTI - INEVITABILE


domingo, 28 de julho de 2013

OBJETIVOS DE BUSCA

Esta minha incapacidade de conseguir atingir o meu objetivo de amar me deixa roxa de raiva. Deixo escorrer entre lágrimas o fel que guardo a sete chaves com medo de rasgar minha pele e deixar marcas profundas.
 
Tenho medo do tempo que me olha e nada consegue fazer para que as coisas tomem outro rumo. Ignoro certos fatos para não me irritar. Às vezes tenho medo de mim. Por mais que a luta seja constante eu sinto fraquejar, não gosto quando isso acontece.
 
Prefiro o gosto doce do prazer ao amargo da pequena perda. Sei que é normal, porém não me acostumei ainda com esta inconstante negligência do momento.
 
Minha busca por algo que seja totalmente inexpressivo e complexo talvez seja o que alimenta minha existência. Tenho meus loucos momentos que prefiro ignorar a ter que dividir com alguém que não vai conseguir me entender.
 
Minha vida vive em constante criação de ideias e pensamentos doidos. Será que é assim que consigo me segurar ou é loucura da minha imaginação? Às vezes me defino como águas serenas. Outras vezes como um agitado e cruel mar, e quando me sinto um mar agitado me defino melhor.
 
Acho que preciso ser cruel às vezes. Apesar de ser uma crueldade necessária, ela não prejudica em nada e nem a ninguém. É uma crueldade que serve apenas como um escudo com proteção para minha existência não acabar abalada sempre.
 
Autora: Rita Padoin

A ESSENCIA DA VIDA

A essência da vida está nos pequenos e únicos momentos. Rita Padoin
 

domingo, 21 de julho de 2013

MEUS PERTENCES

Vasculho entre meus pertences para garimpar coisas que guardo intimamente. Vasculho e encontro entre tantos pertences as cartas que te escrevo e que por alguma razão ficaram apenas no papel.
 
São segredos íntimos que foram revelados entre as águas do mar e o infinito céu de anil. O que me fez escrever-te? Não sei. Realmente não sei o que me fez tomar esta decisão.
 
Talvez no papel eu consiga dizer o que sinto. Talvez escrevendo ficasse mais fácil de transcrever uma jornada que acabaria sendo capítulos de uma vida. Não sei mesmo.
 
Gosto de escrever o que sinto. Gosto de escrever o que se passa durante minha caminhada. São momentos únicos e que se eu não transcrever não haverá registro algum. Ficará apenas no pensamento e na imaginação.
 
Passaram-se os dias e os planos ficaram apenas no pensamento, porque nem no papel foi esboçado um plano de emergência. Um plano de fuga que talvez tivesse acontecido num mês qualquer, sem muitos questionamentos ou rodeios.
 
Nada foi em vão, porém as lembranças atormentaram os minutos que seguem sem questionar. Sempre há esperança, mesmo as impossíveis de serem realizadas.
 
O tempo sempre acolhe os fragmentos de saudades e de sonhos imaginários que estão armazenados num lugar qualquer.
 
Autora: Rita Padoin

sábado, 20 de julho de 2013

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

ETERNA POESIA

A poesia está no momento em que os olhos capturam a essência dela. Rita Padoin

terça-feira, 16 de julho de 2013

MEDO DA MUDAN'CA

Queremos tanto a mudança e temos medo do impacto que ela pode proporcionar. Queremos a mudança e não queremos que nada mude. Estamos acostumados a um padrão de vida estável. Então temos medo.
 
Medo de errar. Medo de cair. Medo do que vem pela frente. Medo de recomeçar do zero. Medo de não suportar as perdas. Medo da vida e das suas intenções. Medo de não suportar o pequeno sofrimento de ter que ir além e buscar alternativas para um novo e importante começo.
 
Agarramo-nos então no que nos da mais segurança. Naquilo que não nos faz sofrer. Estamos acostumados a não querer e não suportar a angústia, a agonia, a insatisfação. Geralmente é necessário perder para ganhar.
 
Toda mudança gera expectativa, conflitos, medo e insegurança. Mas, se quisermos a mudança, temos que nos acostumar com os obstáculos. Toda mudança sempre vem para melhorar.
 
A mudança jamais deixa marcas que não seja aproveitada para um grande crescimento evolutivo. Porque então temos tanto pavor da mudança? O que ela traria de tão ruim para nossa vida? O que pode dar errado? Que consequência ela traria que abalaria tanto as estruturas do nosso dia-a-dia?
 
As interrogações são muitas. Elas sempre vêm questionando algo ou alguma coisa. Dúvidas sempre haverão de nos acompanhar. Mas é necessária para a reflexão. Geralmente não nos questionamos e nem apontamos os medos e as inseguranças que a mudança traz.
 
Quando não mudamos, deixamos de dar a nós mesmos a oportunidade de viver uma nova vida e o direito de saber o que está nos esperando para vivermos um novo momento.
 
Autora: Rita Padoin

domingo, 14 de julho de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

AMOR VERDADEIRO

Amor verdadeiro existe sim e não há por que nos sentirmos envergonhados de afirmar isso. Não há por que nos escondermos de algo que gostamos tanto e queremos resgatá-lo.

Vivemos rotulados num mundo que não é nosso.  Num mundo imaginário, onde as pessoas nem sabem mais o significado deste sentimento.

Vivemos infelizes porque não conseguimos fazer o que gostamos. Não temos o direito nem de sermos nós mesmos. Se fizermos do nosso jeito, não seremos aceitos por diversas razões.

Odeio ter que seguir regras. Odeio horários. Odeio tudo o que me limita. Geralmente vivo dentro daquilo que me faz bem, sem me importar com o que as pessoas pensam. Gosto de viver do meu modo. Mesmo que isso venha a ferir alguém. Que importa. O importante é ser feliz.

Eu quero um amor do jeito que sonho. Um amor verdadeiro. Um amor que imagino.

- Isso não existe mais? E daí?

Vou procurá-lo até encontrar. Sei que ele existe e pronto. Se eu viver a vida inteira até morrer e ele não chegar e daí? Pelo menos vivi feliz do meu modo. Sonhei e me mantive viva com eles.

Busquei o que idealizei. Busquei o que senti vontade. Busquei o que realmente me fazia feliz. Lutei por um ideal. Fiz o que muitas pessoas não tiveram coragem de fazer. Trilhei por caminhos desconhecidos. Conheci novos amigos. Troquei conhecimentos. Aprendi e vivi a minha vida.

Felicidade é isso. Felicidade é fazer com que o espírito se sinta bem. O que faz uma pessoa feliz é ela se sentir realizada e plena fazendo o que gosta.

Rita Padoin

domingo, 7 de julho de 2013

CONFISSAO DE UMA ARTISTA

O cair da tarde de inverno é dolorosamente inquietante; tenho grande prazer em mergulhar minha alma.
 
Copiosamente derrama em cascata o brilho intenso desta pitoresca cidade. Grande e intensa esta sensação que cobre meus olhos quando o sol desce se despedindo da tarde.
 
Ah! Que silêncio.
Que final de tarde admirável!
Uma plenitude intensa. Uma deliciosa obscuridade de harmonia.
 
O inverno é silencioso como minha pele. Observo magicamente a natureza que capta meu olhar e extrai meu sorriso tímido.
 
Daqui observo uma grande e límpida claridade que o sol deixou, formando uma linda faixa dourada encobrindo o dorso do horizonte como um manto que aquece sua alma.
 
Neste momento o vento canta friamente. Ele penetra nas minhas entranhas, deixando meus nervos tensos ao extremo. Mesmo assim gosto deste momento.
 
Apesar do frio intenso que congela meus pensamentos é um sofrimento positivo. Reina neste momento uma orgia silenciosa. Ouço cada fremir no horizonte que pitorescamente se encolhe sabendo que a noite se aproxima calmamente. Flui através da alma cada momento deste inverno cálido. 
 
Derramo-me cheia de emoção e me recolho...
 
Autora: Rita Padoin

ESSENCIA

A essência da vida está neste exato momento.
Rita Padoin
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Viver Plenamente...

Viver, sempre nos dá o direito de sermos plenamente feliz. Mas, viver feliz plenamente requer alguns atributos. Estes atributos pedem que tenhamos habilidade o suficiente para que consigamos driblar os problemas e possamos continuar nossa caminhada sem que nada interfira no nosso EU.

Viver nos dá o direito de sermos felizes, sim. Mas, ela nos presenteia com os tropeços, as quedas, as dores, as angustias, as insatisfações, as aflições e as dúvidas; esperando que despertamos para um crescimento evolutivo. 

Portanto, viver a vida plenamente feliz, é estar sempre em contato com o nosso EU. É ter a consciência de estar na corda bamba constantemente e que para manter o equilíbrio é preciso disciplina.

Rita Padoin



terça-feira, 2 de julho de 2013

HOJE ACORDEI

Hoje acordei com o som da liberdade. Vi a multidões marchando, gritando, clamando por mudanças. Clamando por um mundo novo e melhor. Hoje vi o grito desesperado de cada um e que estava entalado a muito tempo. Vi todos unidos como se fossem um só, uma única e enorme massa viva. Hoje vi o mundo sorrindo. Senti o seu grito dentro de mim, o barulho das vozes enlouquecidas, sem medo e lutando pelos seus ideais.
Abri meus olhos e corri para alcançar esta única e gigantesca massa...

Rita Padoin


ZÉ RAMALHO - SINÔNIMOS