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domingo, 3 de junho de 2018
INSENSÍVEL
Insensível, é uma palavra que não deveríamos usar
nunca, principalmente quando se trata de pessoas. Até porque ela não combina,
por ser forte demais. Os seus sinônimos, trazem uma vasta relação do seu
significado. Porém, muitas vezes é a que encontramos para descrever alguém.
Geralmente, não nos arrependemos de ter feito algo.
Até porque precisamos enfrentar nossos medos e as nossas dificuldades.
Serve-nos de aprendizado e só crescemos diante delas. A vida nos ensina, que devemos
sempre fechar os ciclos e geralmente precisamos fechar regularmente. Porém, temos
que ter a percepção para isto.
Não há outra maneira de descrever alguém e senti-lo,
senão estarmos frente a frente. Já que muitas vezes nos submetemos a certas
atitudes em virtude do que somos obrigados a passar. A venda que cobre nossos
olhos muitas vezes nos impede de enxergar o óbvio.
Nossa intuição sempre nos dá sinais. Sempre. Até
porque ela nunca falha. Só que precisamos conferir. Precisamos ver de perto.
Precisamos estar lá, olhar olhos nos olhos. Precisamos sentir de perto o lado
espiritual destas pessoas que nos rodeiam. Até porque somos seres humanos e
ainda acreditamos nas pessoas. Pensamos: Uma pessoa de boa índole, não pode ser
mentirosa, insensível e dissimulada. Uma pessoa de boa índole trata as pessoas
com respeito e com dignidade. Quando se trata de ser humano, temos o dever de
cuidar e zelar por eles. Principalmente quando o procuramos. Quando insistimos
para estar com eles.
Acreditamos que é o mínimo. Mas, muitas vezes nos
enganamos. Até porque quando se trata de pessoas, os defeitos superam as nossas
expectativas. E aí vem uma série de questionamentos, fatos, dúvidas. Vivemos
cheios de interrogações por não sabermos lidar com certas situações. O irreal
engole o real, e aí todas as nossas expectativas caem por água abaixo.
Expectativas que criamos ilusoriamente e que acabam nos levando a um caminho
muitas vezes sem volta.
Muitas vezes cedemos por impulso e aí
caímos na real, tarde demais. Vemos que era tão frio e sem sentimento, que
recuamos por não nos sentirmos presente naquele momento. Não sentirmos nada. É
como se desprendemos do nosso verdadeiro eu e o espírito se recusasse estar ali.
O nosso lado espiritual é puro. Por
este motivo, se nega a presenciar fatos que venham a ferir ou magoar alguém.
Rita Padoin
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