Se
você me perguntar quem eu sou, de onde vim e para onde eu vou, não saberei
responder. A única resposta que poderei dar com certeza, é meu nome, Rita.
Quanto
ao resto não tenho certeza de nada. De amores que tive, de amores que não tive,
dos meus sonhos inacabados, dos meus medos, das minhas aflições, dos meus
desejos, das minhas inseguranças.
Só
sei que ainda estou viva e que tenho um caminho a trilhar. Se este caminho é
dificultoso ou não, não saberei dizer. Quem saberá alguma coisa? Ninguém. Ninguém
jamais saberá dizer alguma coisa de concreto, nada é definitivo ou não, tudo é
incerteza.
Chamo
isso de mistério. Este mistério nos leva a tomar decisões sempre com supostas
incertezas e com os pensamentos para como agir diante de uma decisão importante.
Por onde começar, qual direção tomar; já que há uma encruzilhada bem na nossa
frente.
É
nesse momento que começamos a refletir sobre muitas coisas, e uma delas é sobre
o que é certo ou errado. Será que existe o certo e o errado? Ninguém sabe. O
que é certo para mim, pode ser errado pra você e vice-versa. Estas questões nos
deixam em eterna prudência.
Gosto
muito dos aforismos de Lao Tsé. Seu estilo simples e penetrante, nos leva a
eterna reflexão sobre a vida e seus mistérios. Lao-Tse nos ensina a ver o que é
óbvio, o que não conseguimos enxergar. Ele nos faz descobrir o mundo e a nós
mesmos através das raízes mais profundas.
Do
nada viemos e do nada iremos; só nos resta o caminho do meio. Este caminho é o
que devemos trilhar com sabedoria e discernimento. É nele que vamos passar o
resto de nossas vidas. No caminho do meio. Portanto, ele deverá ser o mais leve
e o mais ameno.
Devemos
ser afetuosos para com os nossos semelhantes, fazer somente o bem. É nesse
caminho que devemos plantar as melhores sementes, para que num futuro possamos
colher os melhores frutos. Este é o caminho do meio que devemos trilhar.
Rita Padoin