quinta-feira, 31 de março de 2011

QUEM SOU EU?...

Se você me perguntar quem eu sou, de onde vim e para onde eu vou, não saberei responder. A única resposta que poderei dar com certeza, é meu nome, Rita.

Quanto ao resto não tenho certeza de nada. De amores que tive, de amores que não tive, dos meus sonhos inacabados, dos meus medos, das minhas aflições, dos meus desejos, das minhas inseguranças.

Só sei que ainda estou viva e que tenho um caminho a trilhar. Se este caminho é dificultoso ou não, não saberei dizer. Quem saberá alguma coisa? Ninguém. Ninguém jamais saberá dizer alguma coisa de concreto, nada é definitivo ou não, tudo é incerteza.

Chamo isso de mistério. Este mistério nos leva a tomar decisões sempre com supostas incertezas e com os pensamentos para como agir diante de uma decisão importante. Por onde começar, qual direção tomar; já que há uma encruzilhada bem na nossa frente.

É nesse momento que começamos a refletir sobre muitas coisas, e uma delas é sobre o que é certo ou errado. Será que existe o certo e o errado? Ninguém sabe. O que é certo para mim, pode ser errado pra você e vice-versa. Estas questões nos deixam em eterna prudência.

Gosto muito dos aforismos de Lao Tsé. Seu estilo simples e penetrante, nos leva a eterna reflexão sobre a vida e seus mistérios. Lao-Tse nos ensina a ver o que é óbvio, o que não conseguimos enxergar. Ele nos faz descobrir o mundo e a nós mesmos através das raízes mais profundas.

Do nada viemos e do nada iremos; só nos resta o caminho do meio. Este caminho é o que devemos trilhar com sabedoria e discernimento. É nele que vamos passar o resto de nossas vidas. No caminho do meio. Portanto, ele deverá ser o mais leve e o mais ameno.

Devemos ser afetuosos para com os nossos semelhantes, fazer somente o bem. É nesse caminho que devemos plantar as melhores sementes, para que num futuro possamos colher os melhores frutos. Este é o caminho do meio que devemos trilhar.

Rita Padoin


UM CAMINHO

Um caminho sempre será um caminho e nada e ninguém poderá impedir o seu destino. Rita Padoin

terça-feira, 29 de março de 2011

VELOCIDADE DO TEMPO

O tempo corre na velocidade dos olhos de quem o vê. A intensidade faz nosso corpo girar tão rápido que nos sentimos como um pião. A velocidade do tempo depende de como o olhamos e com que intensidade dirigimos nossa vida.

Começamos a semana olhando pela janela do tempo, com a impressão de que o tempo não nos deu tempo de sairmos dali.  A semana termina e não percebermos que o intervalo passou sem se despedir. Continuamos no mesmo cenário, olhando na mesma janela, imóveis como se alguém tivesse nos hipnotizado ali por vários dias.

Impenetráveis e sombrias parecem estar as horas, nem elas sabem o que está acontecendo.  Sem dar tempo de nos envolvermos já foi. Corremos, corremos para alcançar sei lá o que. Desesperados, olhamos ao nosso redor e o que vemos são pessoas na mesma situação embaraçosa e caótica.

Da janela observo a vida passar. Na praçinha, em frente, as pessoas passam apressadamente. Outras permanecem sentadas alheias ao seu pensamento. Sabe lá o que se passa no seu interior.

O mistério da vida faz da vida algo inquestionável e indiscutível, já que não entendemos nada a seu respeito. Nem sabemos de onde viemos e nem para onde vamos; quanto mais entender da trajetória do tempo e da vida.

Precisamos nos perguntar urgentemente sobre estas questões. A vida nos chama para olharmos dentro de nós mesmos e analisarmos esta busca. Perguntarmos qual o objetivo de nossa existência, para que existimos, porque existimos e se vale à pena estarmos aqui.


Com esta desenfreada correria ficamos cegos e não conseguimos enxergar a beleza da vida e nem como ela se apresenta. O cosmo nos chama para conhecermos seu interior e estudarmos sua filosofia. É um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva.

Rita Padoin

NOSSO ALIMENTO ESPIRITUAL

quarta-feira, 23 de março de 2011

VENCENDO BARREIRAS

Disseminaria amor em todos os cantos deste universo, só para te cobrir de carinhos e aconchegar-me em teu peito. Só o tempo, do tempo livre para amar, sopraria em tua direção fragmentos dissipados em gotículas de amor; trazido pelos ventos uivantes, vindos das direções norte e sul.

As montanhas adormecidas pelo silêncio no inicio de outono, rugem acordando os arvoredos que amedrontados pelas mudanças da estação, acordam sem entender o ruído.

O sol surge espreguiçando seus longos braços dourados, que depois de uma noite de sono profundo, espalha seus primeiros raios de luz por toda a montanha. Em bando os seres que ali habitam acordam em sincronia com o belo.

Planejo meus dias dentro do presente, no topo das grandes altitudes. Bem no meio do seio da mãe natureza, hasteio minha bandeira e contemplo por horas minuciosamente planejadas para vencer as barreiras estiradas em meu caminho.

Das rochas e dos rochedos, regurgitam vertentes límpidas, harmoniosamente escorrem pelos caminhos serpentiosos até chegar ao seu destino.

Enlaçadas pelas nuvens alvas que em consonância com o pisotear do vento, a montanha dança seu bailado de cor e vida, chamando-me para com ela plainar deslizando com as asas da minha imaginação.


Chamo-te para olharmos com penetração o pico que desponta a manifestação dos sopros, para que distinguíssemos entre o puro e o confuso, elevando-nos aos mais altos graus de elevação plena.

Rita Padoin 

terça-feira, 22 de março de 2011

COSMO

Quando paro para escrever, começo sempre com perguntas e mais perguntas, diversos questionamentos, muitas dúvidas, exclamações, interrogações.

É porque os porquês estão tão saturados dentro de nós, que quando percebemos estamos explodindo como uma mina dinamitada.

Aí, saímos como loucos pelas ruas, gritando ao infinito para que ele nos escute. Perguntamos a razão de tantas interrogações. Agarramos nos braços da vida e olhamos implorando respostas imediatas.

Tudo está determinado no seu tempo. O problema é que não sabemos esperar, queremos que as coisas aconteçam no nosso tempo.

Sabemos disto, porém, parece que fazemos questão de esquecer. É muito melhor imaginar, sonhar, do que parar, pensar e tentar controlar nosso instinto.

Com isso o belo deixa de existir, porque não o vimos. Estamos tão presos naquilo que queremos que o que é para ser, acaba não sendo.

Choramos pelo que não fizemos e pelas nossas fraquezas, acabamos não tecendo o amor que está dentro de nós, querendo desabrochar para a vida. Não ouvimos seu grito de dor, nem seus lamentos que incessantemente tentam nos alertar.

O Cosmo chama-nos cheio de energias vibratórias todos os dias, esperando que nos conectemos com ele, mostra que esta conexão dá a combustão que falta para que nossas engrenagens não parem.

Esta conexão choca e dá o direito de ver o mundo sob nova perspectiva, basta olharmos diretamente em sua direção...

Rita Padoin


segunda-feira, 21 de março de 2011

OUTONO


O Outono é uma das estações do ano como qualquer outra. Há queda da temperatura e as folhas das árvores começam a amarelar indicando a passagem da estação.
As folhas caem, fazem-se as vindimas e comem-se as castanhas e por último faz-se o magusto.
No Outono os dias são menores e a noite vem mais depressa. O tempo começa a arrefecer e as pessoas começam a andar de botas, casacos, echarpes, e a vestir roupas mais quentes.
O Outono começa sempre em março porque é a seguir ao final do Verão.

quarta-feira, 16 de março de 2011

SONHAR

Sonhar será que faz bem? Será que vale a pena? Será que inventaram o sonho para que não desistíssemos de viver? Será que é simplesmente uma palavrinha de seis letras inofensiva ou será que é nociva?

Seja qual for o motivo de ter vindo ou aparecido em nossas vidas, muitas vezes pensamos que não é uma boa ideia não. Esperamos muito sonhando e ele não acontece; nos decepcionamos tanto, que muitas vezes perdemos o estimulo de estarmos aqui.

Chegamos ao fundo do poço, muitas vezes. Ele vai lá, nos dá a mão, nos dá esperança, impulso, coragem e acabamos acreditando nele novamente. Voltamos a ter os sonhos por mais um tempo, vivemos esperançosos e assim vamos seguindo nossa vida.

Disseram-nos que temos que ter fé, esperança, porém, não disseram que isso teria um preço para pagar. Não nos avisaram que tínhamos que ser fortes como uma rocha. Simplesmente nos deram o poder de sonhar.

O poder de sonhar é caro demais. Passamos nossa juventude inteira buscando, idealizando e achando que estamos quase alcançando o tão almejado sonho. Quando percebemos estamos quase na terceira idade sonhando ainda. Aí percebemos que não somos mais aqueles jovens de anos atrás e que os anos passaram e nem nos acenaram.

Percebemos então, que num piscar de olhos os anos se foram, Tão rápidos como o sopro do vento. Temos a impressão de que dormimos demais no caminho e perdemos a noção do tempo.

Aí, começamos a nos questionar, olhar para trás, analisar com calma e ver que tudo não passou de imaginações. Que todos aqueles lindos sonhos que a gente organizou na mente, ficou lá trás com os anos. Ficou lá trás porque não tivemos a coragem de realizá-los.

O pavor começa a tomar conta. Queremos correr atrás do prejuízo. Só que percebemos que não há mais volta. O que passou, passou. Já não há mais tempo.

O sonho foi feito para quem tem a coragem de ir buscá-lo. O universo nos dá a oportunidade, porém, nós temos que dar aquele impulso para que as coisas aconteçam. E as coisas apenas acontecem para quem trabalha sua mente e consegue conter o desejo do apego e vai em busca do sonho. Ficar só sonhando não resolve.


Ou vivemos e lutamos sem medo, ou acabaremos fracassados.

Rita Padoin

segunda-feira, 14 de março de 2011

NINFAS

Deusas do amor e da inspiração..


sexta-feira, 11 de março de 2011

TEM MOMENTOS

Tem momentos na vida em que paramos, pensamos, analisamos e chegamos a conclusão de que estamos cansados de tudo que se passa à nossa volta. Percebemos então, que chegou a hora de começar a fazer só aquilo que nos deixa feliz, ou melhor, aquilo que deixa o nosso espírito em paz.

Caminhar à beira mar descalça, por exemplo, é um deles, sem ter a preocupação que a hora está chegando e temos que partir para o nosso compromisso diário.

Deitar em uma confortável rede e balançar, balançar sem parar, dando a impressão de que vamos voar a qualquer momento para o infinito mundo dos sonhos e da imaginação, mas só mesmo nossos pensamentos sabem como chegar lá.

Abrir os braços para o mundo e girar com os olhos fechados, deixando o vento massagear nosso corpo, dando a sensação de estar sozinha girando junto com o universo. Tomar banho de chuva e deixar os pingos lavar até o nosso corpo e escorrer até o nosso espírito. 

Correr e cantar com os cabelos molhados, os pés enlameados, a roupa colada ao corpo, deixando os contornos provocando o tempo pelo tempo de felicidade.

Dançar em volta de nós mesmos. Deixar rastros de um balé em sincronia com a vida. Rodopiar os pés como se fossem um pião girando tão rápido, que o mundo ficará emudecido com tamanha inspiração. As mãos fazerem o movimento do voo dos pássaros indo em direção à estação da primavera.

Têm tantas coisas maravilhosas a serem exploradas, feitas e degustadas que se formos analisar, estaremos perdendo tempo demais com coisas que não nos trazem prazer algum.

A vida chama diariamente por nós. Cutuca-nos. Não escutamos, porque estamos sempre tão ocupados, que acabamos não percebendo o que se passa ao nosso redor. É uma pena.


Rita Padoin

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cara de Outono...

Há nuvens densas e escuras por toda a parte, de norte a sul o céu está carregado, meus olhos seguem todo o percurso do tempo e a situação é a mesma em qualquer direção.

As ruas estão praticamente desertas e as pessoas dentro de suas casas encolhidas esperando um novo cenário para o dia que está acabando, esperançosas que amanhã seja diferente.

A chuva chegou e ficou praticamente o dia inteiro, isso deixou-me triste, diante do tão esperado final de semana que seria na minha idéia de total sol e céu azul.

Só que se eu for analisar, a situação do tempo acabou por me dar a oportunidade de estar aqui expondo o que estou vendo e sentindo neste exato momento, que é descrever a beleza do universo, seja ela qual for e em que intensidade me foi presenteada.

A chuva está caindo torrencialmente e o seu barulho mais parece música aos meus ouvidos, seu contato com a terra seca bailam alegremente em sincronia, parecendo uma orquestra dependendo da intensidade que ela vem.

Alegremente os galhos dos pinheiros movem-se de um lado a outro em forma de ondulações, parecendo que suas pontas vão atingir no céu.

São quase 19:00 horas e o tempo está com cara de outono chegando, o ar refrescou, pedindo para que colocássemos uma roupa para aquecer nosso corpo.

As plantas harmonicamente desfilam num singelo vai e vem de tons, deixando meus olhos brilhando intensamente de felicidade.

O que na realidade pareceu-me morno e triste acabou por me deixar muito bem, a intensidade do momento intensificou o meu bem estar, acalentando todo o momento naquele instante.

MÁSCARAS DE CARNAVAL...

Nossos sonhos são realizados quando o sentimos dentro de nós. Rita Padoin

quarta-feira, 9 de março de 2011

DIAS DE CARNAVAL

Todos os dias do carnaval foram do jeitinho que idealizei, perfeitos e coloridos como a vida. Deslumbrantes como as borboletas, que alçavam voos deslisando de um lado a outro em sincronia.

As garças com suas pernas longas caminhavam alegremente durante o dia em busca de seus alimentos e ao entardecer pernoitavam nas dunas amplamente com seus vastos arvoredos, dando ao lugar um cenário espetacular.


Apesar do vazio, a praia se encontrava triste e solitária. O dia estava uma explosão de beleza. O céu estava tão azul que doía todos os ossos.  


A água estava gelada e nem por isso o mar deixou de ter o seu encanto. Estava lindo demais e seu rumor transmitia tanta paz, que todos os meus órgãos sorriam deixando-me em perfeita harmonia.


Passei horas ali, para que o tempo desse conta desses acontecimentos e me colocasse em circuito total com as imagens que passavam como um filme diante dos meus olhos.

A luz do sol em contato com a água iluminava as ondas deixando-as douradas. 
Todos os dias foram de eterna meditação, todos os dias do carnaval foram preparados para a minha estada...

quarta-feira, 2 de março de 2011

CARNAVAL

Queria que o sol surgisse no horizonte nos dias de carnaval...
Com ele eu teria tempo de ir, tempo de vir e
Tempo de parar para escrever meus versos.
Navegando nas rotas onde enche os olhos, 

Realizo a mais esplendorosa viagem
Ancorada nas profundezas das areias desérticas,
O silêncio faz parte deste cenário mágico,
Vôo para o infinito sem vontade de voltar para a realidade...
Tudo está em perfeita harmonia e sincronia,

Nestes dias de carnaval...

NAVIO PIRATA


Cuida bem de mim, posso ir e não voltar. Rita Padoin

terça-feira, 1 de março de 2011

MEUS SEGREDOS

Guardo todos os meus segredos dentro de mim. Um a um a sete chaves, ali está minha vida de anos e anos. Talvez eu tenha muito mais para guardar que segredos no meu baú de incertezas dentro da certeza do tempo.

Eu sei que o que eu quero é pouco para muito que é a vida. Meus sonhos não passam de sonhos que eu sonho, imaginando tudo que é nada perante o tanto que espero.

Eu transbordo amor de dentro do meu peito, escorrem até pelos meus poros, alagando meu caminho. Só que o amor, de amor nada tem para dar, a não ser que eu vá ao seu encontro. 

Minha imaginação de todo o sonho voa. Sou ave migratória que bate as asas e não consegue voar. O medo de cair me limita a observar a vida. Eu sei que se eu alçar vôo, voarei tão alto, mais tão alto, que serei um ponto debaixo do ponto de exclamação. 

Talvez dos talvezes fiquem a incerteza de nunca ter tido a certeza do que quero buscar. Olho o tempo e tenho tempo de perder-me em pensamentos, imaginando que cada momento foi feito só para mim. 

Meus segredos são tão segredos que não lembro mais o que guardei dentro dos secretos instantes de tantos e tantos segredos imaginados. 

Rita Padoin