terça-feira, 27 de setembro de 2011

SILENCIO


No silencio matinal as melodias vão ficando em perfeita harmonia, os corações mais insensíveis abrandam, a paz reina, a poesia faz-se presente, os pássaros em revoada chegam e os deuses sopram através de seus cânticos, acordando-me.

Meus olhos fecham e o mundo pára, é neste momento que uma vida nasce, uma flor desabrocha, um amor renasce, você surge nos meus pensamentos, o sol nasce detrás das montanhas celebrando mais um dia e tudo fica mais sublime.

A poesia surge afugentando os dissabores. As palavras soltas vão se unindo, formando os versos rebuscados, que um a um vai se entrelaçando até formar o poema e os verbos em sincronia brindam seu nascimento.

Diante do silencio tudo cala dentro de mim, minha alma sorri, é celebrado o mais belo de todos os momentos, quebro as barreiras.

Amanheceu!!!!
Os primeiros raios de sol batem na minha janela, avisando que é hora de levantar, sigo seus primeiros movimentos.
Amanheceu!!!
A vida chama
É hora de ir
Que pena.
O silêncio adormeceu
O dia começa...


Rita Padoin

REVOADA



terça-feira, 13 de setembro de 2011

DONA DE MIM

Não tenho partido político e nem religião, nem pátria e nem lar, não tenho nada e nem sou nada; sou apenas uma partícula voante nesse universo buscando meu rumo e direção.

Não tenho vida e nem morte, nem casa e nem estrada, vivo apenas dentro de mim. Sou dona do meu destino. Vivo no meu casulo onde renascem cada dia os amores perdidos, os amores encontrados, os amores buscados e os amores vividos.

Sigo onde meu coração me levar, sem pretensão de mudar, sem limites, voando onde preciso for. Carregada pelas incertezas do tempo, vivendo e amando por onde eu passar.

Vivo porque sinto na pele o calafrio dos tempos de mudanças. Das sensações indescritíveis de um presente passando sem avisar, dos mistérios que tenho a desvendar.

Espera-me a vida, me avisa que chegou o momento da partida. Nos trilhos íngremes vai sem pressa o destino planejado pelos ventos uivantes de final do inverno.

A neblina cobre o caminho onde o destino segue. As badaladas do relógio da matriz batem incessantemente, não se importando se tem gente dormindo sobre o coração. Insistentemente badala sem parar.

Ouço seus lamentos de dor ou de amor, sabe-se lá o que quer nos dizer, seja o que for, vivo sem pretensão de entendê-lo.

Rita Padoin

SIMPLE MINDS - LET THERE BE LOVE

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SEM LIMITES

Não quero viver com limitações. Quero ultrapassar as fronteiras sem cortes. Arriscar sem me importar com o que possa acontecer. Quero o mais belo de todas as formas de amar. Quero amar sem me importar com o que possa acontecer. Quero o amor mais puro que possa existir.

Viver nas asas da minha imaginação sem ter medo de cair. Flutuar e sentir a brisa acariciar minha face e de olhos fechados imaginar que é você...

Ver o relógio passar por mim e ter a certeza de que nunca mais vou seguir seus passos. Quando o soar de suas badaladas iniciarem, quero olhar para trás e ver que tudo não passou de incerteza dentro do seu esforço.

Quero ser alguém incerto dentro do contexto do tempo que busquei para dançar com a vida que imaginei ao seu lado.

Vivo nas fronteiras de mundos distantes. Quero o óbvio, quero as inverdades, o prazer das idas sem a pretensão da volta. O imenso mar de ilusões. Quero o conforto do teu peito quando sentir o cansaço. Ter o deleite para me acomodar.

Quero o impossível de ser resgatado, o caminho que trilhas, as linhas do teu horizonte dividindo nossas loucuras, o brilho dos teus olhos, as vertentes turbulentas rasgando o vértice da noite.


Quero o que meus olhos procuram inevitavelmente e não encontram. Transcendem os segredos guardados nas fendas da tua mente, nos mais altos e arrebatadores picos dos teus sentidos. Sigo teu caminho e resgato nossos devaneios alucinantes...

Rita Padoin

NATUREZA

Viva a vida de uma forma que ela te ampare.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SOMOS RESPONSÁVEIS

Somos responsáveis únicos e exclusivamente pela nossa vida. Esperar de alguém a nossa felicidade, é deixar nossa vida nas mãos de outras pessoas.

E deixar nas mãos de outras pessoas, é esquecer que existimos e que temos o potencial para vencer as barreiras que encontramos no caminho.

Buscamos a nossa tão almejada felicidade nas coisas materiais e esquecemos de buscar na espiritualidade, que está dentro de nossa alma.

A responsabilidade por nós mesmos é um dom que nos foi dado para explorarmos e vivermos com intensidade, há uma força universal dentro de nós potencializando o poder doado pelo mestre cósmico.

Nossos atos refletem aquilo que realmente somos. Façamos para o próximo aquilo que gostaríamos que fizessem para nós...

A bondade é o que realmente importa, mesmo durante as piores tempestades, a perseverança vence qualquer barreira...


Rita Padoin