segunda-feira, 21 de abril de 2014

O AMANHÃ

O amanhã é um vizinho que mora ao lado. O amanhã não dorme, vive em constante vigília e está à espera de um aliado. O amanhã mostra um lado obscuro e que tememos tanto. Tememos porque é desconhecido. Seu misterio e ocultismo assustam.
            
Ah! Se o amanhã não tardasse tanto. Se o amanhã não tivesse um futuro, assim o presente se acalmaria e teria a certeza de tudo. Talvez essa nossa angústia esperando pelo amanhã fosse embora.
            
E a vida? Ah! a vida, esta é uma breve escapada para a felicidade. É uma escada que nos leva a sonhos desconhecidos. 
            
Não estamos acostumados com a vida e nem com a morte. Não nos preparamos para elas, ficamos à mercê do que elas têm a nos oferecer e ficamos muito assustados. Nessa inquietação preparamos o momento em dúvidas. Há no intervalo entre as dúvidas, uma estrada longa e sem fim.
            
O que o vento traz de boas novas? Ele sempre traz as esperanças esquecidas e faz relembrar como se fosse um grande instante de novas e boas vindas.

            
O amanhã nasce, morre e renasce a cada dia. A cada minuto nós morreremos juntos se não soubermos esperá-lo com paciência.
Rita Padoin

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