O amanhã é um vizinho que mora ao lado. O amanhã não dorme, vive em
constante vigília e está à espera de um aliado. O amanhã mostra um lado obscuro
e que tememos tanto. Tememos porque é desconhecido. Seu misterio e ocultismo
assustam.
Ah! Se o amanhã não
tardasse tanto. Se o amanhã não tivesse um futuro, assim o presente se acalmaria
e teria a certeza de tudo. Talvez essa nossa angústia esperando pelo amanhã
fosse embora.
E a vida? Ah! a vida, esta
é uma breve escapada para a felicidade. É uma escada que nos leva a sonhos
desconhecidos.
Não estamos acostumados
com a vida e nem com a morte. Não nos preparamos para elas, ficamos à mercê do
que elas têm a nos oferecer e ficamos muito assustados. Nessa inquietação
preparamos o momento em dúvidas. Há no intervalo entre as dúvidas, uma estrada
longa e sem fim.
O que o vento traz de boas
novas? Ele sempre traz as esperanças esquecidas e faz relembrar como se fosse
um grande instante de novas e boas vindas.
O amanhã nasce, morre e
renasce a cada dia. A cada minuto nós morreremos juntos se não soubermos
esperá-lo com paciência.
Rita Padoin
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