domingo, 20 de abril de 2014

DESCULPAR-ME?

Eu poderia me desculpar. Mas, me desculpar de que? Desculpar-me de algo que talvez ficou esquecido em algum lugar distante? Desculpar-me, se nem tive um breve retorno de uma espera que não sei se aconteceu?

Talvez me desculpar por me culpar de um breve intervalo que ficou no passado. De um momento de imaginação que ficou apenas gravado na memória do tempo. Assim são os momentos que não aconteceram e permaneceram adormecidos na caixa das recordações.

Recordações de detalhes, apenas detalhes e nada mais. É assim mesmo, fragmentos de vontades e inverdades que surgiram instantaneamente e ao mesmo tempo se foram.

Queria que a loucura batesse na minha porta e quando eu fosse abrir, ela me raptasse. Levasse-me para um lugar sem nome, sem identidade, apenas um lugar.

Assim, teríamos o nosso momento sem nenhuma interrupção. Assim, tudo seria como havíamos imaginado, sem qualquer intensão.

São apenas imaginações de uma intensão sem acontecimento. Apenas imaginações.
Rita Padoin

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