Desenho e redesenho minha
trajetória. Levo embaixo dos braços os pedaços de papéis que foram rascunhados
e que levam um pedaço de mim. Levo na memória restos desta trajetória que só eu
entenderei e saberei como guardar estes momentos. Monto e desmonto toda uma
estrutura em que imagino estar sendo entendida. Viajo nas encostas do
horizonte, levo uma mochila cheia de sonhos e imaginações.
Invento
mapas e deixo espalhados por toda a cidade. Deixo nas entrelinhas as minhas
vontades, a minha razão, o desejo imaginado, as minhas loucuras. Traço o
caminho com giz. Escrevo minha história em cada passo. Levo um pedaço de mim em
cada linha. A vida me observa, porém, quero que seja do meu jeito.
Com
o mesmo afã que a vida segue seu rumo, reinvento minha trajetória do jeito que
imaginei. É como se o tempo estivesse me empurrando para uma jornada que nem eu
sei se existe. É como se eu estivesse sendo engolida de uma vez só e renascendo
de outra forma.
O amanhecer acordou e o
dia está nascendo, cheio de expectativas. O sol nem apareceu e o horizonte está
apenas observando os acontecimentos. Sinto cheiro de magia no ar. As casas ainda
estão fechadas, são apenas 5 horas da manhã e as luzes da cidade ainda estão
acesas.
O cantar dos pássaros está
a todo vapor. Eles acordaram e em coro chamam para mais uma nova etapa que está
começando. O primeiro carro passa e abafa o som do universo. São os primeiros
sinais da vida urbana. Os primeiros reflexos do desenvolvimento. As primeiras
badaladas do sino da matriz anunciam a chegada da aurora. É hora de acordar.
Talvez não seja a vida que
escolhemos, porém, a vida que nos escolheu e vamos seguindo seus passos. Os
primeiros passos de uma manhã que promete ser perfeita.
Rita Padoin
Oi Ritinha, estive por aqui dando uma espiadinha!! Site está como sempre lindo, igual a voce querida. Bjsss Silvia
ResponderExcluirObrigada querida. Feliz por tê-la aqui. Beijos
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