Quero
ser uma gaivota com plumagem prateada. Planar nesta imensidão. Fazer acrobacias
e abraçar o mundo com minhas asas. Ir ao encontro da liberdade que espera
ansiosa por minha chegada.
Alçar
o voo mais rasante e incrível que jamais alguém poderia imaginar. Bater as asas
sem me importar de cansar. Gritar sabendo que alguém estaria me ouvindo e que
meu grito seria como uma musica aos ouvidos de quem me acompanha.
Pousar
nas mais infinitas ilhas oceânicas. Dançar ao som do vento e ser levada pela
brisa. Ter
o privilégio de ver as mais belas paisagens. Contemplar os mais incríveis
desenhos feitos pelas mãos do Senhor do universo e não acreditar que ele teria
projetado toda esta beleza.
Voar,
voar, voar e nunca cansar de sobrevoar os mares, as ilhas e as planícies.
Das alturas veria as embarcações deslizando nos oceanos, seguindo sua rota onde
o sol desponta assim que a madrugada despede-se com um aceno afetuoso.
Ser
observada sob os olhares investigatórios de quem gostaria de estar no meu lugar
sobrevoando o céu infinitamente azul. Sentir as nuvens tão próximas de mim como
o meu coração que bate acelerado dentro do meu peito.
Elevar,
elevar, declinar, sentir o brilho do farol iluminando a orla. O cheiro da
maresia, o barulho do mar, as ondas nas pedras, o brilho da noite estrelada, a
lua com sua magia.
E
quando o dia findar e o sol se pôr deixando o seu rastro dourado, o cenário do
final de tarde aclamará em coro os ais que quem estiver apreciando.
Continuarei
voando, voando, voando, até que minhas asas não aguentem. Então, eu pousarei
para meu eterno repouso nas ilhas do pacífico.
Rita Padoin
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