segunda-feira, 25 de abril de 2011

GAIVOTA

Quero ser uma gaivota com plumagem prateada. Planar nesta imensidão. Fazer acrobacias e abraçar o mundo com minhas asas. Ir ao encontro da liberdade que espera ansiosa por minha chegada.

Alçar o voo mais rasante e incrível que jamais alguém poderia imaginar. Bater as asas sem me importar de cansar. Gritar sabendo que alguém estaria me ouvindo e que meu grito seria como uma musica aos ouvidos de quem me acompanha.

Pousar nas mais infinitas ilhas oceânicas. Dançar ao som do vento e ser levada pela brisa. Ter o privilégio de ver as mais belas paisagens. Contemplar os mais incríveis desenhos feitos pelas mãos do Senhor do universo e não acreditar que ele teria projetado toda esta beleza.

Voar, voar, voar e nunca cansar de sobrevoar os mares, as ilhas e as planícies.

Das alturas veria as embarcações deslizando nos oceanos, seguindo sua rota onde o sol desponta assim que a madrugada despede-se com um aceno afetuoso.

Ser observada sob os olhares investigatórios de quem gostaria de estar no meu lugar sobrevoando o céu infinitamente azul. Sentir as nuvens tão próximas de mim como o meu coração que bate acelerado dentro do meu peito.

Elevar, elevar, declinar, sentir o brilho do farol iluminando a orla. O cheiro da maresia, o barulho do mar, as ondas nas pedras, o brilho da noite estrelada, a lua com sua magia.

E quando o dia findar e o sol se pôr deixando o seu rastro dourado, o cenário do final de tarde aclamará em coro os ais que quem estiver apreciando.

Continuarei voando, voando, voando, até que minhas asas não aguentem. Então, eu pousarei para meu eterno repouso nas ilhas do pacífico.

Rita Padoin

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