Aqui
estou mais uma vez, diante deste papel, olhando para ele e tentando lhe dizer
algo que consiga impulsionar um pouco mais da minha existência. Estou aqui
tentando esclarecer muitas dúvidas que aterrizaram na minha mente durante esses
anos.
Meus
pensamentos voaram tão alto que consegui tocar as estrelas. Foi neste momento
que esperei por algo que pipocasse do interior do meu ser e deixasse colorido
este papel.
Porém,
continuo submersa em meus pensamentos. Busco palavras contidas nas profundezas
silenciosas do meu íntimo para impulsionar um pouco mais meus devaneios.
Como
eu queria que minhas alegrias fluíssem com a facilidade dos rangidos de uma
guitarra. Porém, não é fácil sair palavras com a intensidade que gostaríamos.
Então ficamos pensando e querendo que alguma coisa brote, deixando com que
nossas angústias e conflitos interiores sejam sanados.
Acabamos
por perceber que é puro engano e que nossos conflitos continuarão lá
igualmente, nos corroendo, deixando-nos inertes. As palavras até podem sair,
porém, sem a intensidade que gostaríamos tudo fica muito superficial.
Continuo
aqui submersa em meus pensamentos, alheia a tudo sem conseguir expor as
exclamações, as interrogações, os pontos finais, os parênteses, as vírgulas e
tudo o que tem dentro deste incomensurável âmago.
Rita Padoin
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