Disseminaria
amor em todos os cantos deste universo, só para te cobrir de carinhos e
aconchegar-me em teu peito. Só o tempo, do tempo livre para amar, sopraria em
tua direção fragmentos dissipados em gotículas de amor; trazido pelos ventos
uivantes, vindos das direções norte e sul.
As montanhas
adormecidas pelo silêncio no inicio de outono, rugem acordando os arvoredos que
amedrontados pelas mudanças da estação, acordam sem entender o ruído.
O sol surge
espreguiçando seus longos braços dourados, que depois de uma noite de sono
profundo, espalha seus primeiros raios de luz por toda a montanha. Em bando os
seres que ali habitam acordam em sincronia com o belo.
Planejo meus
dias dentro do presente, no topo das grandes altitudes. Bem no meio do seio da
mãe natureza, hasteio minha bandeira e contemplo por horas minuciosamente
planejadas para vencer as barreiras estiradas em meu caminho.
Das rochas e
dos rochedos, regurgitam vertentes límpidas, harmoniosamente escorrem pelos
caminhos serpentiosos até chegar ao seu destino.
Enlaçadas
pelas nuvens alvas que em consonância com o pisotear do vento, a montanha dança
seu bailado de cor e vida, chamando-me para com ela plainar deslizando com as
asas da minha imaginação.
Chamo-te para
olharmos com penetração o pico que desponta a manifestação dos sopros, para que
distinguíssemos entre o puro e o confuso, elevando-nos aos mais altos graus de
elevação plena.
Rita Padoin
Nenhum comentário:
Postar um comentário