quarta-feira, 23 de março de 2011

VENCENDO BARREIRAS

Disseminaria amor em todos os cantos deste universo, só para te cobrir de carinhos e aconchegar-me em teu peito. Só o tempo, do tempo livre para amar, sopraria em tua direção fragmentos dissipados em gotículas de amor; trazido pelos ventos uivantes, vindos das direções norte e sul.

As montanhas adormecidas pelo silêncio no inicio de outono, rugem acordando os arvoredos que amedrontados pelas mudanças da estação, acordam sem entender o ruído.

O sol surge espreguiçando seus longos braços dourados, que depois de uma noite de sono profundo, espalha seus primeiros raios de luz por toda a montanha. Em bando os seres que ali habitam acordam em sincronia com o belo.

Planejo meus dias dentro do presente, no topo das grandes altitudes. Bem no meio do seio da mãe natureza, hasteio minha bandeira e contemplo por horas minuciosamente planejadas para vencer as barreiras estiradas em meu caminho.

Das rochas e dos rochedos, regurgitam vertentes límpidas, harmoniosamente escorrem pelos caminhos serpentiosos até chegar ao seu destino.

Enlaçadas pelas nuvens alvas que em consonância com o pisotear do vento, a montanha dança seu bailado de cor e vida, chamando-me para com ela plainar deslizando com as asas da minha imaginação.


Chamo-te para olharmos com penetração o pico que desponta a manifestação dos sopros, para que distinguíssemos entre o puro e o confuso, elevando-nos aos mais altos graus de elevação plena.

Rita Padoin 

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