O
tempo corre na velocidade dos olhos de quem o vê. A intensidade faz nosso corpo
girar tão rápido que nos sentimos como um pião. A velocidade do tempo depende
de como o olhamos e com que intensidade dirigimos nossa vida.
Começamos
a semana olhando pela janela do tempo, com a impressão de que o tempo não nos
deu tempo de sairmos dali. A semana
termina e não percebermos que o intervalo passou sem se despedir. Continuamos
no mesmo cenário, olhando na mesma janela, imóveis como se alguém tivesse nos
hipnotizado ali por vários dias.
Impenetráveis
e sombrias parecem estar as horas, nem elas sabem o que está acontecendo. Sem dar tempo de nos envolvermos já foi.
Corremos, corremos para alcançar sei lá o que. Desesperados, olhamos ao nosso
redor e o que vemos são pessoas na mesma situação embaraçosa e caótica.
Da
janela observo a vida passar. Na praçinha, em frente, as pessoas passam
apressadamente. Outras permanecem sentadas alheias ao seu pensamento. Sabe lá o
que se passa no seu interior.
O
mistério da vida faz da vida algo inquestionável e indiscutível, já que não entendemos
nada a seu respeito. Nem sabemos de onde viemos e nem para onde vamos; quanto
mais entender da trajetória do tempo e da vida.
Precisamos
nos perguntar urgentemente sobre estas questões. A vida nos chama para olharmos
dentro de nós mesmos e analisarmos esta busca. Perguntarmos qual o objetivo de
nossa existência, para que existimos, porque existimos e se vale à pena
estarmos aqui.
Com
esta desenfreada correria ficamos cegos e não conseguimos enxergar a beleza da vida
e nem como ela se apresenta. O cosmo nos chama para conhecermos seu interior e
estudarmos sua filosofia. É um conhecimento que brota do coração de forma
misteriosa e intuitiva.
Rita Padoin
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