Nascemos, crescemos e
idealizamos uma vida sem sofrimento. Crescemos com o sonho de que vamos ser
felizes um dia. Que a felicidade irá bater à nossa porta e nos surpreender de
certa forma e, quando isso acontecer seremos felizes para sempre.
Idealizamos uma vida
plena porque sonhamos com isso desde o nosso nascimento. Deram-nos de presente
esse sonho. Fizeram um pacote com um laço de fitas bem pomposo e nos entregaram
dizendo que ali estava o nosso futuro e a nossa felicidade. Que lá na frente
encontraríamos o nosso castelo e tudo seria como num conto de fadas.
Não nos ensinaram que a
vida é uma luta constante e que a felicidade vive dentro de nós. Não nos
ensinaram que viver é uma arte e que todos os dias, temos que pintá-la,
esculpi-la e poetizá-la. Não nos ensinaram que os tropeços são para o nosso
crescimento e nosso desenvolvimento como seres humanos.
Não nos ensinaram a
lutar diariamente contra os monstros imaginários. Não nos ensinaram que devemos
nos preparar para a vida e para a morte. Apenas nos ensinaram a sonhar.
Assim, crescemos com a
esperança de que um dia a nossa tão sonhada felicidade chegaria sem nos avisar.
Que o mundo seria colorido igual ao arco-íris e que nada mais nos atrapalharia.
Crescer sonhando e
idealizando um sonho que imaginávamos que fosse a nossa mágica vida, é normal;
se não sonharmos morreremos. Nossa vida é alimentada de sonhos.
Sonhar faz de nós seres
com ideais plenos de felicidade, porém, temos que ter plena consciência do
real.
Rita Padoin
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arte de Catrin Welz-Stein 112
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