terça-feira, 1 de julho de 2014

CAMINHO DO MUNDO

Vivo no caminho do mundo e levo um pouco do meu amor. Mesmo que esse amor seja incompreendido e sem uma noção certa do que pretendo deixar. Mesmo que cada pedaço de mim seja esquecido. Mesmo que tudo que eu faça de bom não seja levado a sério. Mesmo que meu destino seja traçado de um ângulo que eu não concordo, mesmo assim, continuarei minha jornada e nada farei para impedi-lo.

Continuarei semeando amor, plantando emoções e em cada esquina deixarei muitas sementes. Um dia elas germinarão e florescerão. Um dia tudo será diferente. Mesmo que aos olhos alheios tudo pareça em vão e que nada é ou será importante, porém, aos meus olhos sempre serão verdadeiros e puros.

Um dia partirei. E quando partir, levarei uma bagagem recheada de sonhos. Sonhos de um futuro que será próspero e o que ficará para trás morrerá na minha memória.

Não que eu queira partir ou largar tudo, são as forças das circunstâncias que me farão tomar tal decisão. Muitas vezes queremos algo que não está mais sob nosso controle. Chega um momento que veremos que chegou a nossa hora de partir.

Nada restará para lembrar. Tudo ficará esquecido e enterrado como se nada tivesse acontecido. Em cada caminho que percorrer uma nova esperança, uma nova vitória, uma nova busca, que sempre esperei e que virá de encontro.

Quando partir, levarei comigo apenas a leveza do ar, as emoções que encontrar e a beleza de cada olhar. Quando partir levarei na lembrança as lutas incansáveis, as buscas intermináveis e os amores desejados. Quando partir tudo ficará lá, no mesmo lugar e quando olhar para trás tudo ficará tão distante, mas, tão distante, que mal conseguirei enxergar. Será apenas uma neblina que encortinará este meu mundo, do qual um dia fiz parte.


Rita Padoin
 

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