domingo, 13 de julho de 2014

JÁ TENTEI


Já tentei fazer um poema qualquer sem muitos rodeios. Já tentei me sobrepor de alguma maneira. Já tentei dispor de muitas coisas que nem eu mesma entendo, mas, não consegui. Sou poeticamente romântica e as palavras apenas procuram um alinhamento quando as coloco em contato com o papel. A caneta e eu nos envolvemos intimamente.

Os segredos que há muito tempo estavam trancafiados, ficaram sem eira e nem beira. Já vivi escondida com medo de que os meus segredos fossem revelados e que tudo viesse à tona. São segredos banais, mas, guardo-os a sete chaves. Ninguém os entenderia.

Só eu entendo cada gota de saudade, cada ponto de exclamação, cada linha de expressão, cada interrogação, cada vírgula, cada momento expressado com intensidade. Não é porque as pessoas não têm habilidade para entender, é porque são tão íntimos e tão meus que não tem o porquê alguém mais saber ou entender.

São os meus segredos e quando me sinto só, os procuro. Assim fazemos companhia um ao outro. Gosto de ter meus segredos. Somos amigos íntimos. Fica a impressão de que ele e eu temos os nossos momentos. Enquanto estão trancafiados, estão seguros. Nada e ninguém poderá interferir.

Teorizar à cerca da poesia é complexo. Teria que priorizar certas buscas e que na verdade fica difícil tentar fazer entender.

Segredos são segredos e nada mais...apenas são íntimos e meus.
Rita Padoin
https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta


Nenhum comentário:

Postar um comentário