Entre o vidro que nos separa há a esperança de um dia nos encontrarmos. Há um momento de silêncio e um enigma. Dentro deste mundo há uma “caliente” espera que faz renascer a cada dia uma busca.
Dentro deste mundo reside um grande amor, uma grande ilusão, um grande poder, uma grande sensibilidade. Cada minuto, um enigmático mito de aventuras. É a ilusão de um mundo à parte que criamos e pensamos que seria diferente.
Teus sinais confundem o tempo, a minha sensibilidade de mulher e todas as muralhas que invisivelmente cercam nosso mundo. Um mundo sutil como um lívido marfim.
No teu mundo mora a insensibilidade do querer, a arrogância do poder, a invisível e tênue linha que separa o espaço. Espaço de tempo, de limite, de busca, de querer e de viver. É lá neste espaço infinito que mora todos os sonhos.
A bela e misteriosa luz das estrelas ultrapassa o portal dos dois mundos irregulares que ficou entre nós.
O momento do encontro inesperado aconteceu e ninguém se deu conta de que era o mesmo mundo e que ficou tão irregular e distante quanto o entendimento do momento.
O céu se abriu e o azul foi marcante para o mês de julho. O mês ficou praticamente todo com cara de primavera e nem percebemos. O sol deixou sua marca quando se despediu do final de tarde.
Assim foi o nosso encontro inesperado e desencontrado num dia qualquer de inverno.
Rita Padoin
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