O que me poria num extenso e misterioso mundo, onde nada é nada perante o tudo que me cerca? É uma vasta e intensa jornada de ilusões onde a vida mostra aquilo que devemos enxergar e nós enxergamos aquilo que queremos ver.
O tempo se limita quando nada vemos e tudo queremos. Limita-se dentro de seu ilimitado instante e eu me limito dentro do limite do tempo. O que me põe dentro das regras também me tira delas.
São as regras do jogo. Um jogo perigoso. Um jogo com muitas armadilhas, seduções e ilusões. O jogo da vida.
Às vezes os momentos que consideramos importantes e essenciais acabam por se tornar apenas um vago e inesperado intervalo. O tempo impõe certas regras que não queremos.
Buscamos então as nossas regras. Buscamos o que não precisamos fazer muito esforço. O que apenas nos nutre de alguma forma.
Acabamos então por nos tornar grandes mestres jogadores em virtude da vida nos impor regras para este jogo. Não tem como escaparmos quando o que nos foi conferido está além do nosso entendimento.
Eu sei que falar de assunto que não entendemos é muito difícil, principalmente quando estamos a um passo de nos tornarmos maduros para começar a entender.
Vejo os dias passando e sinto o perfume de lavanda no ar. É o aroma da vida, perfumado e leve.
Seu perfume é suave como a brisa do final de tarde em seu mais intimo momento. É o sopro de Deus na sua mais sublime manifestação. Que sejamos perfume de lavanda em toda a nossa vasta extensão, nutrindo cada caminho que percorremos.
Que sejamos apenas o que a vida traz na sua bagagem, o leve sopro da manifestação do amor.
Autora: Rita Padoin
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