Perdi-me no colo da
vida e deixei escorrer entre seus dedos todas as minhas indecisões. Vi minhas
dúvidas todas cabisbaixas e nos braços do tempo elas descansarem. As lágrimas
que estavam adormecidas acordaram e sem explicação alguma pegaram suas mochilas
e partiram para um lugar chamado destino.
Entrei na linha
imaginária e observei cada detalhe que de uma forma ou de outra passaram
despercebidas. Vi-me num caminho sem volta, onde presente e futuro caminham na
mesma direção.
O sorriso das estrelas
enalteceu o momento. Deixou cada detalhe em perfeita harmonia. A lua observou
tudo de onde ela estava sem dizer uma só palavra. Olhei-a esperando que
dissesse alguma coisa que viesse interferir involuntariamente na minha decisão.
Mas, ela apenas balançou a cabeça numa forma de aprovação. Foi mais fácil se
despedir assim, com um aceno e um sorriso. Abaixei-me para pegar minhas
bagagens e ir.
O veículo para o
embarque já estava estacionado ao lado esquerdo da rua onde fica a esperança.
Atravessei a rua e coloquei minhas bagagens no bagageiro do carro e embarquei
para um destino tão incerto quanto a viagem.
Olhei apenas para a rua sem olhar
para trás, assim segui meu destino apenas com o vento batendo no meu rosto e
limpando quaisquer impurezas que por ventura tenha ficado ali.
Assim, segui meu
destino sem olhar para trás...
Rita Padoin
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