sábado, 25 de janeiro de 2014

DESTINO INCERTO

Perdi-me no colo da vida e deixei escorrer entre seus dedos todas as minhas indecisões. Vi minhas dúvidas todas cabisbaixas e nos braços do tempo elas descansarem. As lágrimas que estavam adormecidas acordaram e sem explicação alguma pegaram suas mochilas e partiram para um lugar chamado destino.

Entrei na linha imaginária e observei cada detalhe que de uma forma ou de outra passaram despercebidas. Vi-me num caminho sem volta, onde presente e futuro caminham na mesma direção.

O sorriso das estrelas enalteceu o momento. Deixou cada detalhe em perfeita harmonia. A lua observou tudo de onde ela estava sem dizer uma só palavra. Olhei-a esperando que dissesse alguma coisa que viesse interferir involuntariamente na minha decisão. Mas, ela apenas balançou a cabeça numa forma de aprovação. Foi mais fácil se despedir assim, com um aceno e um sorriso. Abaixei-me para pegar minhas bagagens e ir.

O veículo para o embarque já estava estacionado ao lado esquerdo da rua onde fica a esperança. Atravessei a rua e coloquei minhas bagagens no bagageiro do carro e embarquei para um destino tão incerto quanto a viagem. 

Olhei apenas para a rua sem olhar para trás, assim segui meu destino apenas com o vento batendo no meu rosto e limpando quaisquer impurezas que por ventura tenha ficado ali.

Assim, segui meu destino sem olhar para trás...
Rita Padoin

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