domingo, 21 de julho de 2013

MEUS PERTENCES

Vasculho entre meus pertences para garimpar coisas que guardo intimamente. Vasculho e encontro entre tantos pertences as cartas que te escrevo e que por alguma razão ficaram apenas no papel.
 
São segredos íntimos que foram revelados entre as águas do mar e o infinito céu de anil. O que me fez escrever-te? Não sei. Realmente não sei o que me fez tomar esta decisão.
 
Talvez no papel eu consiga dizer o que sinto. Talvez escrevendo ficasse mais fácil de transcrever uma jornada que acabaria sendo capítulos de uma vida. Não sei mesmo.
 
Gosto de escrever o que sinto. Gosto de escrever o que se passa durante minha caminhada. São momentos únicos e que se eu não transcrever não haverá registro algum. Ficará apenas no pensamento e na imaginação.
 
Passaram-se os dias e os planos ficaram apenas no pensamento, porque nem no papel foi esboçado um plano de emergência. Um plano de fuga que talvez tivesse acontecido num mês qualquer, sem muitos questionamentos ou rodeios.
 
Nada foi em vão, porém as lembranças atormentaram os minutos que seguem sem questionar. Sempre há esperança, mesmo as impossíveis de serem realizadas.
 
O tempo sempre acolhe os fragmentos de saudades e de sonhos imaginários que estão armazenados num lugar qualquer.
 
Autora: Rita Padoin

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