quarta-feira, 8 de abril de 2015

NOITES DE OUTONO

Como descrever as noites de outono. Como descrevê-la se sua beleza é tão intensa, que foge do meu entendimento? Como descrevê-la, se meus olhos não conseguem atingir o ápice. Como descrevê-la!
 
Meus olhos apenas invadem o cenário com a intensidade do momento. Queria descrevê-la como descreveria os dias amenos. Queria descrevê-la como descreveria algo banal, sem muitos rodeios. Apenas sem pressa, sem muito que pensar.
 
Mas, descrever este momento de intensidade e sensibilidade, seria como querer descrever o sentimento, a saudade, o amor, a vida, que brota sem aos menos percebermos.
 
A natureza mutável fascina e encanta, ela é mágica. Descobrimos sua beleza e seu encanto onde não permanecemos insensíveis perante a nossa natureza interna. A natureza existencial é imperceptível aos olhos alheios.
 
Ao olhar o céu de vários ângulos, minha existência se cala. Fica sem palavras para descrever esta beleza inalcançável.
 
Rita Padoin
 

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