segunda-feira, 27 de abril de 2015

INCÓGNITA

Ele falava de encontros
Eu de roubo
De sequestros
De mistérios
Ele falava da vida curta
Eu o analisava
Tentava decifrar seus anseios
Seus medos
Suas angustias
Lia em seus olhos
Buscava nas entrelinhas
Um meio de fazê-lo entender
O mistério da vida.
 
Tentei de todos os meios
Ser sua amiga
Sua Deusa
Sua incógnita
Ele apenas buscava o banal
O carnal
O imoral.
 
Eu queria falar do esotérico
Das minhas atrações pelo mistério
Da lua e das estrelas
Pelo que ainda não existia
E ele me via apenas
Como algo normal.

Rita Padoin



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