Odeio teu silêncio, ele rasga meu sonho ao meio. Destrói o que planejei. Odeio teu descaso, tua prepotência, teu egoísmo de esconder dentro da tua casca o que sentes.
Mostre o que és. Qual o problema transparecer um pouco da tua incógnita? Tem um pouco de dignidade e humildade. Nem sempre queremos mostrar abertamente o que somos, porém, silenciar-se totalmente?
O silêncio é vazio, incolor, invisível. Ele vive acordado. Não dorme. Assusta como um fantasma. Range os dentes, bate portas e janelas. Como entendê-lo, compreendê-lo e descrevê-lo? Ele amedronta apesar de ser tão invisível e acolhedor.
Tudo o que está dentro de mim foi revelado. Sei que existe a distância. Ela é grande e atrapalha um pouco os acontecimentos. Mas, silenciar-se como se o mundo fosse inexistente, é imperdoável.
Vou me retirar das constantes lutas e sonhos e seguir meu caminho nas asas do destino.
Entre os campos primaveris inicio minha longa jornada. Sem um destino certo, sem cronograma, sem planejamento, seguirei.
Tudo é incerto eu sei. Eu apenas seguirei sem olhar para trás.
Silenciarei como a profunda meditação. Silenciarei como a morte que alcança seu destino no leito do seu próprio descanso.
Silenciarei como a profunda meditação. Silenciarei como a morte que alcança seu destino no leito do seu próprio descanso...
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