Viajar pelas curvas do mundo numa
embarcação sem passagens e sem bagagens. Apenas embarcar sem planos de volta,
sem as horas me acompanhando, sem o tempo me questionando.
Assim, vou eu. Uma viajante sem destino
traçado. Uma nômade em busca de novas aragens, indo na direção em que o vento
me levar, nas asas da imaginação, nos cabelos longos do tempo.
Na primavera, iniciarei minha
caminhada. Na primavera, seguirei sem destino traçado. Na primavera, tudo
recomeça com força total, tudo desabrocha para um novo e belo começo. Assim
serei eu, uma nova mulher que renascerá para um novo mundo.
A vida olha pela janela do futuro e da
início no exato momento de ir. Transbordando, a felicidade inunda a caminhada
que cruza os planaltos, serras, mares e oceanos num transe de uma mistura
momentânea.
Nas terras distantes reencontro o
destino planejado e trago o que estava oculto. Vivo dentro de cada passo, cada
olhar, cada encontro, tudo dentro deste ilimitado momento.
Ficou lá atrás o passado parado me
olhando sem conseguir me alcançar. A distância entre este passado e o futuro
não tem limites, apenas o ilimitado alcance de dois mundos que jamais se
cruzarão novamente.
É a ordem cronológica dos
acontecimentos que descreve o destino que passou; o que resta é apenas um
futuro que virá e não sabemos o que ele trará.
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