Fui caminhar e aproveitei para reorganizar
minha mente. Reorganizar o que na verdade tinha ficado perdido num tempo sem
muito o que questionar. Analisar certas atitudes comportamentais que deixou
tudo muito confuso entre o eu querer e o eu ter.
Estive pensando sobre certas conversas.
Analisei cada frase formulada, cada palavra dita. Repensei e analisei
minuciosamente uma a uma novamente para não ter dúvidas nenhuma do que eu havia
descoberto naquele momento.
Cada passo que dou, uma certeza de ter
sido uma passagem simplesmente, um período de pura imaginação que a vida
reservou para minha sobrevivência. É a essência de cada momento que me deixou
em pura reflexão dos atos e da própria luta para sobreviver.
Entre a fonte e o alvo há uma
predisposição na linha imaginária de ficar calada por um longo período, sendo o
momento um tanto propício para isso.
Já pensei muitas vezes em largar tudo.
Armazenar o que mais me interessa dentro de uma mochila e partir para o destino
incerto. Reorganizo meus pensamentos e vejo que o destino incerto me dá a
certeza do que quero buscar. Dá-me o enfoque que liga a ponte para o outro lado
do destino. Um lado cheio de expectativas, incertezas e mistérios.
Assim, deixo de lado as incertezas da
vida e das lutas que ela se encarregou de me dar de presente. Como tudo e como
todos há as interrogações que ficam no ar lembrando-nos que nada nesta vida é
como imaginamos. Nada vem de graça, tudo é aprendizado e se não aceitarmos as
pessoas como elas são, seremos esmagados.
Rita Padoin
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