quinta-feira, 14 de junho de 2012

INCERTEZAS

Se eu pudesse deixar alguma coisa, deixaria meu amor, minha vida plena de harmonia e meu caminho incerto para que decida o certo. Deixaria acesa a chama que arde em luz.

Se eu pudesse decidir caminhos, mesmo os errados e tortuosos, decidiria pelo pleno em luz. Não sei se saberia decidir. Talvez nem apontar alguma direção que pudesse indicar algo ou alguma coisa infinitamente constante.

Porém, seria uma decisão que com certeza traria resultados positivos. Se é que há algo ou alguma coisa que ser possa decidido.

Não tenho forças para decidir nada neste momento. É tudo muito complexo. Olho para o caminho que calado nada me diz. As horas passam, os minutos avançam sem ao menos puxar meus braços.

As folhas se arrastam pelo chão, levadas pelo vento. Continuo no mesmo lugar olhando para o nada sem decidir.

As folhas se arrastam pelo chão, levadas pelo vento. Continuo no mesmo lugar olhando para o nada sem decidir.

Passa por mim o tempo, o som do nada, a percepção da curva adiantada, o entremeio da dúvida, menos eu, que fiquei por muito tempo analisando o nada.

Percebo então, que não foram dias, foram anos vendo o tempo passar por mim, tendo a percepção dele em vários ângulos, formas e intensidades.

Calculei cada centímetro irregular sem muita mudança, multipliquei os espaços, diminuí as dúvidas e tentei igualar as certezas.

Gostaria de deixar algo aqui, mesmo que sejam sem sentido. O que tem de sentido nesta vida? O que há de certo e perspicaz?

Nada é certo. Nada é incerto. As análises não são entendidas, nem nós a entendemos. Então não digo nada e do nada cada um faz a análise que corresponder melhor dentro de cada pensamento.

Os cálculos se multiplicam sem que as somas atinjam o valor ideal...

Rita Padoin

 





 

 

 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário