O que eu tenho dentro de mim? Amor. Sim, apenas amor.
Amor puro, verdadeiro. Amor sem limites. Amor que transborda. Amor que se eu
fosse descrevê-lo, ficaria dias, noites, meses, talvez anos e nada sairia de
concreto. Seria como eu tentar descrever o inusitado. O sentimento
aleatoriamente, sem muito sentido. A chuva caindo, o vento tocando
carinhosamente cada folha, a lua em sua mais alta perfeição. O céu salpicado de
estrelas. O nascer do sol. A batida do meu coração, quando entro em órbita.
Acontece um preenchimento e um despreenchimento ao
mesmo tempo. Uma mistura que acaba se tornando um desentendimento momentâneo.
Como vês, nem eu consigo compreender certos fatos. O que eu entendo e
compreendo, ficaria fácil descrever. Agora o que perguntas, ah! isto é muito difícil de responder.
Respondo-te o concreto, o palpável, o visível. Estes
são de fáceis entendimento e de fácil compreensão. Afinal de contas o que me
pedes é o improvável. Sei descrever o que perguntas, apenas silenciosamente.
Descrevendo-me apenas no meu íntimo. No meu pensamento que voa como o pássaro
no céu. Assim, eu consigo descrever, no silêncio.
Descreveria o impalpável se eu pudesse. Descreveria
como quem descreve um tema em uma palestra. Mas, descrever o amor. Ah...esse é
indescritível.
Não saberias e nem compreenderias o meu sentimento.
Ele é muito além do teu entendimento. Posso tentar descrever a saudade. Talvez
ela seja um sentimento que habita dentro de mim, levando-me a um mundo tão
mágico, que desfaleço. Talvez uma ausência, um vazio, uma tortura, uma tontura
ou talvez uma sensação que percorre o corpo todo. Não sei. Sei que também é
difícil descrevê-la. Sei aquilo que sinto, uma falta, um vazio, um sentimento
puro, que se chama AMOR.
Rita Padoin
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