quinta-feira, 23 de junho de 2016

O AMOR

O que eu tenho dentro de mim? Amor. Sim, apenas amor. Amor puro, verdadeiro. Amor sem limites. Amor que transborda. Amor que se eu fosse descrevê-lo, ficaria dias, noites, meses, talvez anos e nada sairia de concreto. Seria como eu tentar descrever o inusitado. O sentimento aleatoriamente, sem muito sentido. A chuva caindo, o vento tocando carinhosamente cada folha, a lua em sua mais alta perfeição. O céu salpicado de estrelas. O nascer do sol. A batida do meu coração, quando entro em órbita.

Acontece um preenchimento e um despreenchimento ao mesmo tempo. Uma mistura que acaba se tornando um desentendimento momentâneo. Como vês, nem eu consigo compreender certos fatos. O que eu entendo e compreendo, ficaria fácil descrever. Agora o que perguntas, ah! isto é muito difícil de responder.

Respondo-te o concreto, o palpável, o visível. Estes são de fáceis entendimento e de fácil compreensão. Afinal de contas o que me pedes é o improvável. Sei descrever o que perguntas, apenas silenciosamente. Descrevendo-me apenas no meu íntimo. No meu pensamento que voa como o pássaro no céu. Assim, eu consigo descrever, no silêncio.

Descreveria o impalpável se eu pudesse. Descreveria como quem descreve um tema em uma palestra. Mas, descrever o amor. Ah...esse é indescritível.

Não saberias e nem compreenderias o meu sentimento. Ele é muito além do teu entendimento. Posso tentar descrever a saudade. Talvez ela seja um sentimento que habita dentro de mim, levando-me a um mundo tão mágico, que desfaleço. Talvez uma ausência, um vazio, uma tortura, uma tontura ou talvez uma sensação que percorre o corpo todo. Não sei. Sei que também é difícil descrevê-la. Sei aquilo que sinto, uma falta, um vazio, um sentimento puro, que se chama AMOR.
Rita Padoin

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