Já vivi momentos tão intensos, mas tão intensos, que quando as
recordações vêm à tona, me emociono. Gotejam sobre as minhas recordações
lembranças que de uma forma ou de outra eu gostaria de resgatar, mesmo que por
alguns minutos. Não que eu gostaria de voltar no tempo. Não. Apenas quando vem à tona
alguns momentos de intensidade, me rasgam a mente de tanta saudade.
Sempre haverá pequenas lembranças que deixarão alguma saudade.
Sempre haverá no meio de uma tempestade um abrigo para nos amparar. Sempre
haverá alguém disposto a nos dar as mãos no momento exato. Sempre haverá uma
solução para tudo. Sim, sempre haverá algo que nos reportará a algum abrigo na
saudade.
O que eu quero resgatar não tem nome e nem formas definidas. O que
eu quero talvez nem exista. O que eu quero, vai além do mundo real. O que eu
quero, eu não consigo definir e nem explicar. O que eu quero só no meu mundo
existe.
Há sensação de uma vida que se move constantemente. Uma vida que se
instalou dentro de outra e que desconheço completamente. O que eu sinto são os
momentos intensos, apenas isso. São momentos que se intensificam a cada minuto.
Não percebo muitas coisas, outras são tão visíveis.
Vivo e morro intensamente a cada segundo. Renasço e me renovo
sempre. Perco minha capacidade de entender muitas vezes. Ganho sempre. Busco resgatar
os valores e vivo à mercê de encontrar o que imagino que um dia perdi.
Rita Padoin
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