quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

OS SINOS DA CAPELA

Os sinos da capela se desdobram para anunciar mais uma aurora. A cidade acordara com seu toque intenso e constante. Neste momento o silêncio que se fazia presente anuncia que o primeiro som do amanhecer chegara. Foi neste exato momento que houve uma explosão e nada mais fora igual.
O sol que a muito havia se despedido, retornou. Ele desfez sua mala, ajeitou sua bagagem e continuou sua vida normalmente. Cumpriu seu papel e permaneceu atento aos acontecimentos. Em festa, a natureza o aplaudiu em reverência.
Os primeiros raios bateram na janela e o vento assoviou delicadamente. A brisa entrou no quarto e minha pele sentiu o frescor da manhã. Foram momentos de eterna magia. Foram momentos sublimes e que não há como descrevê-los.
São momentos que trazem à tona toda uma bagagem que carregamos durante nossa caminhada. É o momento certo de buscar e repensar todos os nós de que ficaram a uma distância significativa e que precisam ser desatados. Em tempos de guerra interior, vivemos na expectativa de que a paz se alojará de alguma forma trazendo a serenidade.
Os sinos continuam a badalar incansavelmente. Dá a impressão de que tenta nos dizer algo e que precisamos ouvi-lo atentamente. 
É preciso fazer as malas e seguir em frente. É preciso seguir sem olhar para trás. São tormentas que de uma forma ou de outra se acalmarão. Assim são os nossos caminhos, sempre com interferências, controvérsias e incertezas. A vida será sempre cheia de surpresas. É por isso que devemos estar sempre atentos e seguir sem olhar para trás.
Rita Padoin

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