quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ACUSO

Acuso cada passo sem nenhum resultado. Acuso sem pudor algum toda a fraqueza ao horror a morte. Denuncio cada passo que é dado em vão. Denuncio esta impossibilidade de lutar contra o medo.

Acuso, denuncio e repudio todas as incertezas que acompanham o dia a dia deixando apenas as marcas profundas do ferimento indócil.

- Não faz sentido? Como não? Tudo faz sentido. Além das trevas incontidas no breu da noite, há luz atrás do véu da vida.


Sejamos puríssimos e levíssimos diante da vida. Sejamos a alegria de viver. Sejamos o porquê e a dúvida de cada momento. Sejamos como a vida, sem cor e sem definição, mas, com a intensidade tão grande que deixa pelo caminho rastros de felicidade.

Rita Padoin


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