Acuso
cada passo sem nenhum resultado. Acuso sem pudor algum toda a fraqueza ao
horror a morte. Denuncio cada passo que é dado em vão. Denuncio esta
impossibilidade de lutar contra o medo.
Acuso,
denuncio e repudio todas as incertezas que acompanham o dia a dia deixando
apenas as marcas profundas do ferimento indócil.
-
Não faz sentido? Como não? Tudo faz sentido. Além das trevas incontidas no breu
da noite, há luz atrás do véu da vida.
Sejamos
puríssimos e levíssimos diante da vida. Sejamos a alegria de viver. Sejamos o
porquê e a dúvida de cada momento. Sejamos como a vida, sem cor e sem
definição, mas, com a intensidade tão grande que deixa pelo caminho rastros de
felicidade.
Rita Padoin
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