quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

FUGA DA NOITE

Se eu pudesse, me verteria em poesia. Atravessaria o oceano e me derramaria em versos só para te amar, e sob a luz tímida da lua me deitaria sob os lençóis brancos. As noites em que a lua alta apenas me observa, abro as janelas e ela entra para me fazer companhia.
Ao findar a madrugada, os primeiros raios de sol banham meu corpo sob os lençóis brancos. As paredes mudam de cor, deixando apenas o rastro dourado como símbolo de que ele esteve por aqui.
Não percebi a fuga do tempo. As horas passaram por mim e nem me acenaram. Apenas embarcaram nas asas do tempo e se foram. Eu havia aprisionado a noite, porém, ela desdobrou suas asas e foi embora.
Ao perceber a fuga da noite, aninhei-me no colo da saudade e fiquei a espera de mais uma noite cheia de intenções.
Rita Padoin
 

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