domingo, 4 de março de 2012

ROSA VERMELHA

Ganhei uma rosa vermelha. Ela é tão vermelha que não há espaço para outra cor. Perfeita e misteriosa. É um mistério pensar na rosa. Suas múltiplas pétalas em harmonia, seu aroma, sua beleza invejável, sua simplicidade. 

A terra engole sua semente e guarda em seu útero por um longo período, até ela resolver brotar rasgando o solo e apontando para o mundo. Seu talo verde exuberante mostra-se para embelezar a vida das pessoas. Sua força em nascer e mostrar seu lindo corpo feminino e sensual, brilham os olhos de quem a observa; enquanto vai crescendo em suas lindas fases. 

Quando em botão explode elegantemente e pura na sua magia de menina moça. Olho a rosa e vejo-a que cresceu e despontou para a vida. Sinto seu perfume, o perfume é feminino, extremamente sensual, o inexplicável da natureza doando o seu extrato puramente singular.

É tão louco pensar. O pensamento pensa tanto que o corpo fica e o que tem dentro sai e viaja por longos períodos. 

Vou deter o mundo, vou parar tudo, quero entrar no intimo do mundo e controlar como se fosse um carro, com direção e marcha. Entro no seu mais profundo e ilimitado ser. 

Eu sou tão feliz, tão feliz, que a felicidade explode de tanta felicidade. Você vem pegar um pouco da minha felicidade? Vem. Ela é de uma intensidade que chega a doer. Dói até meus órgãos que instintivamente acordam, igual o rio quando a chuva chega sem avisar inundando as paredes e transbordando tudo, como a minha felicidade. 

Minhas alegrias são intensas, quando estou alegre chega a ser absurda que não caibo dentro de mim, tenho urgências compostas de uma mistura entendível.

Rita Padoin

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