sexta-feira, 13 de março de 2015

PEDI LICENÇA A TRISTEZA...

Pedi licença à tristeza e abri caminho para que a felicidade entrasse. Abri a porta e assim que entrei, percebi a tristeza parada me observando. Olhei-a e fiz sinal para que ficasse lá fora. Dei a entender que aqui dentro não havia mais lugar para ela, somente para as alegrias.  
 
Assim que entrei e fechei a porta, senti certo alivio. Porém, ao olhar através das cortinas a tristeza continuava lá fora, cabisbaixa e triste, esperando para entrar. Lembrei-me do meu passado. A tristeza esteve ao meu lado um terço de minha jornada. Caminhamos juntas durante todo esse tempo e nunca percebi o quanto ela me fazia mal. Apenas caminhávamos lado a lado.
 
É verão e o sol está escaldante. Entristeci ao vê-la assim. Porém, os caminhos somos nós que traçamos e se eles deverão ser bons ou ruins também. A tristeza escolheu o seu destino. Ela preferiu viver desta forma, na tristeza. Ninguém poderá escolher ou traçar o destino por ela.
 
Eu decidi traçar o meu de outra forma. Abri caminhos e deixei as coisas fluirem naturalmente. A vida foi muito generosa para comigo. Se eu fizer uma retrospectiva, verei que ao longo dos anos eu conquistei coisas que eu mesma não acreditaria, se contasse.
 
O universo me deu o que soprei para ele. Foi como um vai e vem. Um espelho, que reflete aquilo que emitimos. E se eu for relacionar aqui tudo o que me aconteceu de bom, faltariam folhas.
 
A vida apenas me acolheu. Eu deixei o medo de lado e me doei ao mundo. Senti necessidade desta conexão e me permiti.
 
Assim é a vida. Ninguém poderá nos ajudar a encontrar a felicidade. Nosso destino e nossa felicidade estão em nossas mãos.
 
Rita Padoin
 

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